jueves, 15 de diciembre de 2011


Preto Velho e Kardec

Posted by Carol Walent em agosto 27, 2009
PRETO VELHO FALA COM KARDECkardec
Pouca gente sabe, mas numa das reuniões realizadas na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, Allan Kardec evocou um Espírito que, segundo as terminologias da cultura brasileira, poderia ser classificado como um “preto velho”. Esse encontro, narrado pelo próprio Kardec nas páginas da sua histórica “Revista Espírita” (Revue Spirite), de junho de 1859, aconteceu na reunião do dia 25 de março daquele mesmo ano. Pai César – este o nome do Espírito comunicante – havia desencarnado em 8 de fevereiro também de 1859 com 138 anos de idade – segundo davam conta as notícias da época –, fato este que certamente chamou a atenção do Codificador, que logo se interessou em obter, da Espiritualidade, mais informações sobre o falecido, que havia encerrado a sua existência física perto de Covington, nos Estados Unidos.
Pai César havia nascido na África e tinha sido levado para a Louisiana quando tinha apenas 15 anos.
Antes de iniciar a sessão em que se faria presente Pai César, Allan Kardec indagou ao Espírito São Luís, que coordenava o trabalho, se haveria algum impedimento em evocar aquele companheiro recém-chegado ao Plano Espiritual. Ao que respondeu São Luís que não, prontificando-se, inclusive, a prestar auxílio no intercâmbio. E assim se fez. A comunicação, contudo, mal iniciada, já conclamou os participantes do grupo a muitas reflexões. Na sua mensagem, Pai César desabafou, expondo a todos as mágoas guardadas em seu coração, fruto
dos sofrimentos por que passara na Terra em função do preconceito que naqueles dias graçava em ainda maior escala do que hoje. E tamanhas eram as feridas que trazia no peito que chegou a dizer a Kardec que não gostaria de voltar à Terra novamente como negro, estaria assim, no seu entendimento, fugindo da maldade, fruto da ignorância humana. Quando indagado também sobre sua idade, se tinha vivido mesmo 138 anos, Pai César disse não ter certeza, fato compreensível, como esclarece o Codificador, visto que os negros não possuíam naqueles tempos registro civil de
nascimento, sobretudo os oriundos da África, pelo que só poderiam ter uma noção aproximada da sua idade real.

A comunicação de Pai César certamente ajudou Kardec, em muito, a reforçar as suas teses contra o preconceito, o mesmo preconceito que o levou a fazer, dois anos depois, nas páginas da mesma “Revista Espírita”, em outubro de 1861, a declaração a seguir, na qual deixou patente o papel que o Espiritismo teria no processo evolutivo da Humanidade, ajudando a pôr fim na escuridão que ainda subjuga mentes e corações: “O Espiritismo, restituindo ao espírito o seu verdadeiro papel na criação, constatando a superioridade da inteligência sobre a matéria, apaga naturalmente todas as distinções estabelecidas entre os homens segundo as vantagens corpóreas
e mundanas, sobre as quais só o orgulho fundou as castas e os estúpidos preconceitos de cor.”

fonte: SERVIÇO ESPÍRITA DE INFORMAÇÕES ed. nº 2090 (19/04/2008) muita paz!!!!

viernes, 11 de noviembre de 2011

Quem tem medo da mediunidade?

Posted by Carol Walent em setembro 27, 2009
medoEsse é um ponto que merece bastante atenção e um esclarecimento maior mas, na gigantesca maioria das vezes, observamos que esse medo é reflexo da falta de conhecimento sobre o que é a mediunidade e como tratá-la. O primeiro ponto a ser esclarecido é de que a mediunidade não é escravidão, mas uma grande oportunidade de evoluir espiritualmente, visto que, não somos matéria mas sim espíritos em experiências no Plano Material. Outro ponto importante a esclarecer é que aquelas frases que todo mundo escuta, como: “é um caminho sem volta” ou “nunca mais poderá sair dessa vida” até têm um certo sentido, mas estão sendo mal interpretadas. Pense comigo: ser médium não é uma escolha atual ou uma determinação externa, mas uma opção e essa opção foi sua em algum momento do passado, por isso, a mediunidade não surge de repente só porque você está frequentando um Terreiro ou um Centro. Você optou por ser um intermediário entre o plano espiritual e material, você foi, você é e você sempre será médium perante os Planos Espirituais Superior e Inferior, por isso, a mediunidade é sim o seu caminho e, querendo ou não, é sem volta pois não tem como apagar a sua Luz Interior, a Luz da mediunidade que você tanto desejou, pediu e se esforçou para conquistar.
Então, olhe para o Alto, olhe para si e agradeça por ser eternamente Luz, pois é a sua conquista, é o seu dom dado por Deus. Saiba que essa Luz ninguém lhe tira e ninguém apaga, portanto, assuma-a e deixe-a refletir com orgulho, alegria e toda a sua gratidão a Deus, afinal, é muito bom ser um instrumento Dele. Saliento que a mediunidade só é uma escravidão ou punição quando não há conhecimento sobre o quê, como, quando e de que forma ser médium. Quando não se sabe ‘abrir e fechar’ a mediunidade, quando não se tem todas as Forças Espirituais Superiores e Inferiores alinhadas, ordenadas e equilibradas, ou ainda, quando se perde o amparo e a proteção do Plano Superior Divino.
Fico impressionada com a quantidade de médiuns que se recusam a desenvolver a sua mediunidade por medo, e aí esclareço que só através de um bom desenvolvimento é que se adquire atributos como equilíbrio, ordenação e amparo. Observo que muitas pessoas têm medo de incorporar e acreditam que isso é algo do outro mundo, mas mal sabem que muitas vezes estão incorporando em suas próprias casas ou em qualquer local sem nenhum cuidado ou conhecimento. Isso acontece naquela hora da briga onde se perde o controle sobre os atos e sobre as palavras, acontece naquele momento em que se fala o que não se pensa ou quando se faz aquilo que não se quer, e aí vem a culpa, a sensação de “como pude fazer isso?” e o arrependimento. Vejam, nesses momentos pode ter havido uma irradiação, uma influência e até mesmo uma incorporação do baixo astral, de espíritos zombeteiros ou vingativos que se aproveitam do desequilíbrio e da negatividade do médium e fazem a festa. Acreditem: isso é muito comum de acontecer, só que ninguém tem medo, talvez por não saberem que uma incorporação pode acontecer de forma tão sutil, só dependendo da afinidade que o ser tem em relação ao espírito desencarnado. O pior é que isso pode acontecer a qualquer momento e em qualquer local, basta não ter domínio sobre a mediunidade e sobre si próprio.
Se todo esse medo da mediunidade acontece por falta de explicação ou conhecimento, então saiba que tudo é muito simples e se você se ajudar com um pouco de boa vontade e dedicação aos estudos umbandistas, tudo fica ainda melhor. Acredite, é muito melhor ter esse Dom equilibrado do que viver perturbado e sem prosperidade na vida, pois a espiritualidade traz sim a prosperidade, talvez não essa prosperidade financeira em que a maioria pensa, mas a prosperidade de alma, e essa não se compra em lugar algum, somente se conquista. E se mesmo assim você ainda acha que a mediunidade é uma escravidão, eu digo para você: “Prefiro ser escrava de Deus e dos queridos Guias Espirituais do que ser escrava da doença, da miséria, do chefe, do vício, do marido, do dinheiro, da mãe ou do que quer que seja.
Escrito por Mãe Mônica Caraccio – Autorizado pela autora
fonte:canto do aprendiz.
muita paz!

miércoles, 2 de noviembre de 2011

O Culto dos Mortos na Visão Espírita



O Culto dos Mortos na Visão Espírita


Este culto aos mortos num dia determinado, com a visita aos cemitérios e oferendas remonta aos tempos antigos e tem a sua origem nos cultos pagãos de adoração aos Deuses.

Com a ascensão da Igreja Católica, na época Romana, à categoria de religião oficial, no reinado de Constantino Magno no ano de 321, houve que fazer cedências e assimilar a cultura latina e a de outros povos que praticavam rituais e procediam a festivais nos cemitérios, em homenagem aos antepassados.
Dessa assimilação surgiram as próprias concepções de Céu, Inferno e Purgatório na religião dos cristãos que, para além de crer na ressureição dos corpos no dia do juízo final, passaram a cultivar o hábito de orar aos seus mártires, visitando-os nos cemitérios.
A partir do século XIII, a Igreja instituiu o dia 2 de Novembro como o Dia de Finados.
Um pouco por todo o lado este culto é praticado, apenas variando nas datas: na China comemora-se o Festival do Fantasma Faminto durante o Outono; no Japão o Festival das Lanternas (Obon) acontece entre 13 e16 de Julho; mesmo o termo Halloween parece ser uma corrupção do termo católico “Dia de Todos os Santos”, praticado nos festivais dos antigos povos celtas na Irlanda, cujo Verão terminava a 31 de Outubro.
Mais tarde, este costume foi transferido para os Estados Unidos, através da imigração Irlandesa.
No Espiritismo não há um dia especifico para recordar e homenagear os entes queridos, pois todos os dias do ano são bons para o fazermos e eles, que continuam vivos, embora noutra dimensão, agradecem as nossas lembranças sinceras, qualquer que seja o local onde elas se dêem.
Se estiverem felizes, regozijar-se-ão com o amor que lhes dedicamos e com a saudade que sentimos; se ainda se encontrarem algo perturbados (por desencarne recente ou violento, por exemplo), mais reconhecidos ficarão, pois a nossa prece lhes levará consolo e alívio, abrindo janelas luminosas para o auxílio que se lhes faz necessário.
Pouco se importarão se os visitamos ou não nos cemitérios, pois sabem que aí apenas se encontram os despojos carnais que lhes serviram para mais uma etapa de evolução e que, causa de sofrimento nos derradeiros tempos, abandonaram com alegria. Se lá comparecem é para mais um reencontro com os que ainda se encontram na terra e que mantêm o culto das sepulturas.
Conto-vos uma situação concreta que acompanhei de muito perto, ocorrida há 20 anos.
Tendo desencarnado havia pouco mais de um ano, o marido duma pessoa minha conhecida, manifestou-se mediunicamente, dando todas as informações que lhe foram solicitadas para a sua correcta identificação. Quando a esposa lhe perguntou se precisava de alguma coisa, todos ouvimos surpreendidos o pedido que lhe foi endereçado, com algum humor, característico da sua personalidade, enquanto na terra.
Pediu a entidade encarecidamente à esposa que deixasse de ir ao cemitério todos os dias, informando que ele já lá não estava, porque não era o seu lugar preferido. E que ainda por cima a esposa o “obrigava” a acompanhá-la diariamente, porque ele tinha receio de que a assaltassem pelo caminho.
A esposa vivia na Costa da Caparica e o cemitério distava alguns quilómetros da vila; ela percorria o caminho a pé e este não é de facto muito seguro. Quem conhece a zona, sabe do que falo.

Como se vê, a nossa visão facilmente se altera, quando aportamos ao mundo espiritual e percebemos que afinal não estamos mortos, mas mais vivos do que nunca com o Futuro imenso pela frente e oportunidades infinitas de reparação de nossos erros passados; abandonamos crenças ilusórias e passamos a valorizar todas as boas acções que praticámos, nesta ou em vidas passadas, de esperanças renovadas.
Se queremos homenagear os nossos “mortos”, recordemo-los nos momentos bons e troquemos uma ida ao cemitério, ou mais uma missa, por uma acção caridosa em seu nome e isso lhes será mais útil e recebido como uma prova do amor que lhes continuamos a dedicar. Até um novo reencontro, pleno de alegria.
Vejamos o que nos dizem os Espíritos, através de Kardec:
321. O dia da comemoração dos mortos é, para os Espíritos, mais solene do que os outros dias? Apraz-lhes ir ao encontro dos que vão orar nos cemitérios sobre seus túmulos?
“Os Espíritos acodem nesse dia ao chamado dos que da Terra lhes dirigem seus pensamentos, como o fazem noutro dia qualquer.”

a) - Mas o de finados é, para eles, um dia especial de reunião junto de suas sepulturas?
“Nesse dia, em maior número se reúnem nas necrópoles, porque então também é maior, em tais lugares, o das pessoas que os chamam pelo pensamento.
323. A visita de uma pessoa a um túmulo causa maior contentamento ao Espírito, cujos despojos corporais aí se encontrem, do que a prece que por ele faça essa pessoa em sua casa?
“Aquele que visita um túmulo apenas manifesta, por essa forma, que pensa no Espírito ausente. A visita é a representação exterior de um fato íntimo. Já dissemos que a prece é que santifica o ato da rememoração. Nada importa o lugar, desde que é feita com o coração.”
MUITA PAZ!
"O Livro dos Espíritos"
PARTE 2ª - CAPÍTULO VI
FONTE:IDEA ESPÍRITA

viernes, 14 de octubre de 2011


Nem castigo, nem perdão
O espírita encontra na própria fé- o Cristianismo
Redivivo- estímulos novos para viver
com alegria, pois, com ele, os conceitos
fundamentais da existência recebem sopros
poderosos de renovação.
A terra não é prisão de sofrimento eterno.
É escola abençoada das almas.
A felicidade não é miragem do porvir.
É realidade de hoje.
A dor não é forjada por outrem.
É criação do próprio espírito.
A virtude não é contentamento futuro.
É júbilo que já existe.
A morte não é santificação automática.
É mudança de trabalho e de clima.
O futuro não é surpresa atordoante.
É conseqüência dos atos presentes.
O bem não é o conforto do próximo, apenas.
É ajuda a nós mesmos.
Deus é Equidade Soberana, não castiga e
nem perdoa, mas o ser consciente profere para si
as sentenças de absolvição ou culpa ante as
Leis Divinas. Nossa conduta é o progresso, nossa
consciência o tribunal. Não nos esqueçamos,
portanto, de que, se a Doutrina Espírita dilata
o entendimento da vida, amplia a
responsabilidade da criatura.
As raízes das grandes provas irrompem
do passado – subsolo da nossa existência – e,
na estrada da evolução, quem sai de uma vida
entra em outra, porque berço e túmulo são,
simultâneamente, entradas e saídas
em planos da Vida Eterna.
_André Luiz_

viernes, 30 de septiembre de 2011




Kardec está superado?
  Livro: Um pouco por dia
Rita Foelker
    A respeito da afirmação corrente entre muitos companheiros de que "Kardec está superado", pensamos o seguinte:
    Antes de tudo, temos de definir o termo "superar". Superar é ultrapassar, exceder. No caso em questão, significa que existiriam idéias e conhecimentos superiores, melhores e mais completos que os apresentados na Codificação Espírita, no âmbito dos seus temas básicos. Por esta razão, ela seria uma obra superada.
    Se assim fosse, duas formas de superação poderiam ter existido: pelo progresso da cultura e pela qualidade das idéias.
    Na primeira hipótese, se o progresso cultural, científico e filosófico, posterior à elaboração da Doutrina Espírita, tivesse demonstrado a impossibilidade lógica dos seus conceitos ou trouxesse a comprovação de erro em algum de seus pontos fundamentais. Isto ainda não aconteceu. Pelo contrário, a cada passo, a Ciência se aproxima do Espiritismo e confirma suas verdades básicas. A Filosofia ainda não atingiu a sua avançada concepção do mundo. Haveria superação pela qualidade, se estudos melhores e explicações mais satisfatórias para as questões pertinentes à Doutrina tivessem surgido. Mas o bom senso que perlustra toda a Filosofia Espírita e se revela em todas as particularidades não pôde ser equiparado até o presente momento. A perfeição dos ensinos e sua racionalidade, a didática de Kardec e a clareza de conceitos expostos por S. Luís, Erasto, Fénelon, Galileu, Sto. Agostinho e outros permanecem atuais e válidas.
    O motivo desta insuperabilidade é muito simples: todos ? Allan Kardec e os Espíritos Superiores responsáveis pela Revelação Espírita são muitíssimo mais elevados que seus pretensos reformuladores e o que ensinaram é eterno e universal, como as próprias leis naturais.
    Portanto, fica patente o despropósito da superação e da necessidade de revisão da obra de Kardec.
    Aos que argumentam que a Codificação Espírita é do século passado, lembramos de que Jesus é do milênio passado...
    Muita Paz Gilberto Adamatti

lunes, 12 de septiembre de 2011

Jaguaretama é o nome do município onde nasceu Adolfo. Foi fundada, segundo informação do livro “Bezerra de Menezes - Fatos e Documentos”, de Luciano Klein, no dia 6 de abril de 1784, com a denominação de Riacho do Sangue. Como município foi criado no dia 29 de agosto, em 1865, com sede no núcleo de Riacho do Sangue, reerguido em vila com o nome de Riachuelo. Detalhe: 29 de agosto é a data de nascimento de Bezerra de Menezes... O nome anterior, Riacho do Sangue, é oriundo do rio ou riacho que tem essa denominação e se chamava riacho das pedras. Conta a lenda que o rio passou a ser conhecido como riacho do Sangue por causa de carnificinas ali ocorridas, entre índios que serviam a duas famílias que, durante anos, se hostilizaram e digladiaram pelo interior da província, disputando terras.

O local exato onde Bezerra nasceu era motivo de controvérsia entre os espíritas. Todos sabiam que era em Riacho do Sangue, mas a localidade havia sido dividida em dois municípios, Solonópole e Jaguaretama.

Algumas pessoas foram de fundamental importância para a descoberta, em 1973. Uma dessas pessoas foi o Coronel Edynardo Weyne, que publicou artigo sobre o assunto no periódico espírita “Manhã de Sol”, em 1978. A busca passou por um pedido ao então prefeito de Solonópole, Rabelo Machado, para verificar nos arquivos da prefeitura, cartório, coletoria e paróquia se existia algum documento que levasse ao local onde nascera o médico dos pobres.

Nem mesmo os descendentes dele sabiam onde localizar a casa. Mas tudo mudou com o jornalista Helder Cordeiro, da Tribuna do Ceará, que acabara de chegar da fazenda de Juarez Olympio de Queiroz, em Jaguaretama, onde supostamente Bezerra de Menezes teria nascido.

De pronto Weyne entrou em contato com o general Sylvio Walter Xavier, vice-presidente da Capemi, que veio do Rio de Janeiro a Fortaleza com o intuito de fazer uma expedição para descobrir as ruínas da casa onde Bezerra de Menezes havia nascido.

Foi uma viagem longa, mas depois de caminhos turtuosos e poeirentos, a bordo de um trator cedido pelo dono da fazenda, descobriram! No momento, com muita emoção, Weyne foi as lágrimas. O general Xavier fez, então, uma oração. Quando ele terminou, Weyne disse: “Voltaremos a este chão sagrado, para inaugurarmos um monumento àquele que é nosso benfeitor espiritual”.

Quatro anos depois, em 1977, acontecia a inauguração do monumento e de uma escola. Em seguida, um Hospital seria inaugurado na cidade, em homenagem a Bezerra.

Da primeira comitiva oficial constavam general Sílvio Xavier (RJ), Juarez Queiroz (Jaguaretama), coronel médico Manuel Suliano (Fortaleza), o gerente da Capemi, major Rubens (RJ), o jornalista Hélder Cordeiro, Edynardo Weyne e Fernando Melo.

Esses predestinados descortinaram um local em que hoje funciona o Pólo Bezerra de Menezes, com intensas atividades de educação e inclusão social.
Em março de 1997, foi construído o Museu sobre os alicerces da casa onde ele nasceu. Metade da área de 20 mil metros quadrados do Pólo foi doado pelo dono da fazenda, Juarez Queiroz, ao Lar Fabiano de Cristo, em 1976. A outra metade também foi doada por ele à Federação Espírita do Ceará, em 1997. De lá para cá, muitos foram beneficiados, não só em Jaguaretama, mas nos municípios da região.

viernes, 26 de agosto de 2011


Médium e Doutrina
Livro: No Portal da Luz
Emmanuel & Francisco Cândido Xavier
    Imperioso separar o médium da Doutrina Espírita, como não se deve confundir a ciência com o cientista.
    A ciência é um tesouro intangível de conhecimento superior.
    O cientista é o veículo que a expressa.
    A ciência, como patrimônio espiritual, jamais se deteriora, mas, o cientista na condição de instrumento humano pode falhar, conquanto, muitas vezes, se recupere.
    Comparemos, ainda, a Nova Revelação e a peça medianímica à usina e à lâmpada.
    A lâmpada, em muitas circunstâncias, experimenta o colapso dos próprios implementos, deixando-nos na sombra, entretanto, a usina permanece incólume, pronta ao fornecimento da energia necessária à sustentação da luz em lâmpadas outras que se lhe ajustem às correntes de força.
    Ainda na condição de lâmpada, o médium está sujeito à interpretação individual de que se faça objeto, assim como a luz da lâmpada obedece à coloração que seja própria.
    A usina está construída sobre princípios matematicamente exatos, contudo, as lâmpadas diferenciadas entre si, consumindo, às vezes, quotas iguais de força, emitirão luz verde, azul, vermelha ou amarela, segundo os materiais que lhes filtrem os raios.
    Razoável, assim, que se nos compete gratidão e respeito para com o cérebro mediúnico de que nos servimos, isso não é razão para que nos eximamos do dever de estudar os princípios doutrinários para discernir com eficiência.
    Ainda aqui, é justo considerar que é imprescindível ajudar as lâmpadas para que as lâmpadas nos ajudem. Cada uma delas, ante a usina, se caracteriza por determinado potencial e solicita apoio na voltagem certa com o amparo de recursos essenciais.
    Ninguém exija do médium prodígios que o médium não pode dar. E quando o médium sirva nobremente à verdade, que se lhe evite o clima de idolatria e bajulação.
    Onde seja preciso elogiar a honestidade para que a honestidade funcione, a perturbação está prestes a sobrevir.

viernes, 19 de agosto de 2011


Examinando Kardec
Livro: À Luz do Espiritismo
Viana de Carvalho & Divaldo P. Franco
    Não que outros missionários não tivessem aportado antes dele: ases do conhecimento que dilataram os imensos horizontes do saber; místicos que se embrenharam nos dédalos do “eu”, aprendendo vitória sobre si mesmos; santos que rasgaram sendas luminosas no matagal das aflições; apóstolos que fizeram da renúncia e da humildade os baluartes da própria força; filósofos que ensejaram à razão o campo da investigação; cientistas corajosos e audazes que ofereceram a vida em prol de pesquisas inapreciáveis na preservação de milhões de vidas... E heróis, missionários do amor, sacerdotes da fraternidade, operários sublimes, todos eles, do Pai Construtor, encarregados de impulsionar o progresso da Terra conjugado à felicidade dos homens.
    Ele, entretanto, guardadas as proporções fez-se nauta de uma experiência antes não tentada nos mares ignotos da verdade: auscultou o insondável além-da-morte, inquirindo e estudando, selecionando e fazendo triagem das informações recebidas dos imortais, de modo a edificar o colossal edifício do Espiritismo.
    Nem um só momento se deixou empolgar pela vitória conseguida ao peso das lágrimas, nem jamais se quedou desanimado sob o fardo das incompreensões, quando crivado pelas farpas da inveja e da calúnia.
    Não se permitiu o luxo dos triunfos fáceis, nem aceitou a coroa da consagração. A própria vida celeremente se lhe extinguiu no corpo somático, logo se permitiu conquistar o país do conhecimento, demandando a Imortalidade antes que os lauréis da gratidão ou de qualquer glória lhe pesassem sobre a cabeça veneranda.
    Antes, outros espíritos de escol também velejaram pelas regiões desconhecidas do após-o-túmulo, tomando apontamentos, registando observações.
    Muitos se embrenharam pelas veredas da vida-além-da-vida e se detiveram deslumbrados no pórtico da revelação.
    Os que se atreveram a adentrar pelos recônditos da Imortalidade, procuraram explicações mirabolantes, formulando hipóteses rocambolescas ou, fortemente impressionados, se recolheram à meditação profunda, ao flagício, à oração.
    Os que se facultaram apresentar o resultado do descobrimento, experimentaram a zombaria dos contemporâneos e, não raro, desencantados, refugiaram-se no silêncio ou arderam em piras crepitantes...
    Ele, não!
    Não se deteve a observar somente, nem se aquietou a experimentar emoções.
    Após o meticuloso exame do mediunismo, patenteada a veracidade da vida incessante mesmo depois da disjunção celular, entregou-se ao conhecimento libertador.
    Do fenômeno extraiu a doutrina.
    Do informe puro e simples conseguiu o fato comprovado.
    Enfrentando os Imortais não os temeu, não os exaltou. Inquiriu-os e analisou-os a todos quantos passaram suas informações pelo crivo da discussão, do debate franco, do exame rigoroso.
    Compulsou os alfarrábios dos tempos e aprofundou-se na cultura da época. Armado de equilíbrio invulgar, esteve a todo instante à altura da investidura e, quando o reboliço da aventura cedeu lugar ao marasmo e à monotonia, ele apresentou o resultado dos seus estudos sérios, apoiados na razão e no bom-senso.
    Kardec foi, sem dúvida, o magnífico missionário da Humanidade, precursor do Mundo Novo.
    Em sua obra reacendem os aromas específicos da tríade perfeita do conhecimento: Ciência, Filosofia e Religião. São o esquema ímpar da sabedoria em todos os seus ângulos e faces.
    * * *
    Transcorrido o primeiro século da Codificação Kardequiana, mais se fazem atuais os seus ensinos e conclusões, ensejando elucidações valiosas para os enigmas que surgem no momento em que ruem os tabus e os preconceitos, em que necessidades aparecem para substituir as manifestações místicas da ignorância e da falsa pudicícia da fé que se esboroam.
    Por essa razão é que se faz imperioso estudar o Espiritismo, trazendo os informes destes dias para examiná-los à luz meridiana da Doutrina, clareando as nebulosas informações de psiquistas e parapsicólogos, os problemas morais ao estudo sistemático da moral espírita e as conclusões da ciência ao ensinamento doutrinário. Não olvidar, no entanto, que os descobrimentos e as informações de caráter eminentemente revelador, no campo do mundo, aos homens do mundo competem, sendo a Doutrina mesma o guia moral e espiritual para todos nós, não pretendendo como não o fez o Codificador, resolver ou realizar as tarefas que ao homem incumbem como medidas imperiosas de crescimento e evolução.
    Estudemos mais e analisemos melhor o Espiritismo, porquanto com as suas lições no coração e na mente encontraremos o pão e a luz, o instrumento e a rota para levar-nos à harmonia e à paz real.
    muita paz!!

sábado, 6 de agosto de 2011


EVANGELHO DO LAR

"Onde quer que se encontrem duas ou três pessoas reunidas em meu nome, eu com elas estarei".
Jesus (Mateus, 18:20)


O que é o Culto do Evangelho no Lar

Trata-se do estudo do Evangelho de Jesus em reunião familiar. O Culto do Evangelho no Lar, realizado no ambiente doméstico, é precioso empreendimento que traz diversos benefícios às pessoas que o praticam.

Permite ampla compreensão dos ensinamentos de Jesus e a prática destes, nos ambientes em que vivemos. Ampliando-se o conhecimento sobre o Evangelho, pode-se oferecê-lo com mais segurança a outras criaturas, colaborando-se para a implantação do Reino de Deus na Terra.

As pessoas, unidas por laços consangüíneos, compreenderão a necessidade da vivência harmoniosa e, dentro de suas possibilidades, buscarão, pouco a pouco, superar possíveis barreiras, desentendimentos e desajustes, que possam existir entre pais e filhos, cônjuges e irmãos.

Através do estudo da reencarnação, compreenderão que, aqueles com quem dividem o teto, são espíritos irmãos, cujas tarefas individuais, muitas vezes, dependerão da convivência sadia no ambiente em que vieram a renascer.

Aqueles que, desde cedo, têm suas vidas orientadas pela conduta Cristã, evitam, com mais facilidade, que os embriões dos defeitos que estão latentes em seus espíritos apareçam, sanando, desta forma, o mal antes que ele cresça.

Se, porventura, tendências negativas aflorarem, apesar da orientação desde a infância, encontrarão seguros elementos morais para superá-las, porque os ensinamentos de Jesus tornam-se fortes alicerces para a sua superação.

Com o estudo do Evangelho de Jesus aprende-se a compreender e a conviver na família humana.

Assim, conscientes de que são espíritos devedores perante as Leis Universais, procuram conduzir-se dentro de atitudes exemplares, amando e perdoando, suportando e compreendendo os revezes da vida.

Quando o Culto do Evangelho no Lar é praticado fielmente à data e ao horário semanal estabelecidos, atrai-se para o convívio doméstico Espíritos Superiores, que orientam e amparam, estimulam e protegem a todos.

A presença de Espíritos iluminados no Lar afasta aqueles de índole inferior, que desejam a desunião e a discórdia. O ambiente torna-se posto avançado da Luz, onde almas dedicadas ao Bem estarão sempre presentes, quer encarnadas, quer desencarnadas.

As pessoas habituadas à oração, ao estudo e à vivência cristã, tornam-se mais sensíveis e passíveis às inspirações dos Espíritos Mentores.



Procedimentos

Escolhe-se um dia da semana e hora em que seja possível a presença de todos os familiares ou da maior parte deles, observando-se com rigor a sua constância e pontualidade, para facilitar a assistência espiritual.

A direção do Culto do Evangelho no Lar caberá a um .dos cônjuges ou a pessoa que disponha de maiores conhecimentos doutrinários. Cabe lembrar, no entanto, que por se tratar de um estudo em grupo não é necessária a presença de pessoas com cultura doutrinária. Na pureza dos ideais e na sinceridade das intenções, todos aprenderão juntos, auxiliando-se mutuamente.
É importante que os temas sejam discutidos com a participação de todos, na medida do possível, sem imposições, para evitar-se constrangimentos.

Deve-se buscar um ambiente amistoso, de respeito, pois, viver e falar com Jesus é uma felicidade que não se deve desprezar.
Antes do início da reunião, prepara-se o local, colocando-se em cima da mesa água pura, em uma garrafa, para ser beneficiada pelos Benfeitores Espirituais, em nome de Jesus.



1. Leitura de uma mensagem
A leitura inicial de uma mensagem poderá, após, ser comentada ou não. Ela tem por objetivo propiciar um equilíbrio emocional, procurando harmonizá-lo com os ideais nobres da vida, a fim de facilitar melhor aproveitamento das lições.

Poderemos lembrar obras com "Pão Nosso", "Fonte Viva", "Vinha de Luz", "Caminho, Verdade e Vida", "Palavras de Vida Eterna", "Ementário Espírita", "Glossário Espírita Cristão".



2. Prece Inicial
"Dando curso ao salutar programa iniciado por Jesus, o de reunir-se com os discípulos para os elevados cometimentos da comunhão com Deus, mediante o exercício da conversação edificante e da prece renovadora, os espiritistas devem reunir-se com regularidade e freqüência para reviver, na prece e na ação nobilitante, o culto da fraternidade, em que se sustentem quando as forças físicas e morais estejam em deperecimento, para louvar e render graças ao Senhor por todas as suas concessões, para suplicar mercês e socorros para si mesmos quanto para o próximo, esteja este no círculo da afetividade doméstica e da consanguinidade, se encontre nas provações redentoras ou se alongue pelas trilhas da imensa família universal."

Após a leitura da mensagem, inicia-se o Culto do Evangelho no Lar, com uma prece. A oração deve ser proferida por um dos participantes, em tom de voz audível a todos os presentes e de forma simples e espontânea, não devendo ser, portanto, decorada. Os demais, acompanham-no, seguindo a rogativa, frase por frase, repetindo,-mentalmente, em silêncio, cada expressão, a fim de imprimir o máximo ritmo e harmonia ao verbo, ao som e a idéia, numa só vibração.

Na prece pode pedir-se o amparo de Deus para o lar onde o Evangelho está sendo estudado, para os presentes, seus parentes e amigos; para os enfermos, do corpo e da alma; para a paz na Terra; para os trabalhadores do Bem e etc.

A prece, além de ligar o ser humano à espiritualidade, traduz respeito pelo momento de estudo a realizar-se.



3. Estudo do Evangelho de Jesus
O estudo do Evangelho do Cristo, à luz da Doutrina Espírita - "O Evangelho segundo o Espiritismo", de Allan Kardec - poderá ser estudado de duas formas:

a) estudo em seqüência - o estudo metódico, em pequenas partes, permite o conhecimento gradual e ordenado dos ensinamentos que o livro encerra. Após o seu término, volta-se, novamente, ao capítulo inicial;
b) estudo ao acaso - consiste na abertura, ao acaso, de "O Evangelho segundo o Espiritismo", o que ensejará, também, lições oportunas, em qualquer ocasião.
Os comentários devem envolver o trecho lido, buscando-se alcançar a essência dos ensinamentos de Jesus, realçando-se a necessidade da sua aplicação na vida diária.

Pode reservar-se, posteriormente, um momento de palavra livre, onde os participantes da reunião exponham situações da vida prática, para o melhor entendimento e fixação das lições.


4. Prece de agradecimento
Um dos presentes fará uma prece, agradecendo as bênçãos recebidas no Culto do Evangelho no Lar, pela paz, pelas lições recebidas etc.


Observações

A duração do Culto do Evangelho no Lar deve ser de até 1 (uma) hora, mais ou menos.
No Culto do Evangelho no Lar deve ser evitada manifestações mediúnicas. A sua finalidade básica é o estudo do Evangelho de Jesus, para o aprendizado Cristão, a fim de que seus participantes melhor se conduzam na jornada terrena. Os casos de mediunidade indisciplinada devem ser encaminhados a uma sociedade espírita idônea.
Deve-se evitar comparações ou comentários que desmereçam pessoas ou religiões. No Evangelho busca-se a aquisição de valores maiores, tais como a benevolência e a caridade, a compreensão e a humildade, não cabendo, dessa forma, qualquer conversação menos edificante.
A realização do Culto do Evangelho no Lar não deve ser suspensa em virtude de visitas inesperadas. Deverá ser esclarecido o assunto com delicadeza e franqueza, convidando-se o visitante a participar do Culto, caso lhe aprouver.
O Culto do Evangelho no Lar não deve ser prejudicado, também, em virtude de solicitações sem urgência, recados inoportunos, passeios, festividades de qualquer ordem. Soluções razoáveis, de imediato, ou iniciativas, apôs a reunião, deve ser o caminho para superar os pretensos impedimentos.
Somente no caso de situações incontornáveis, em que todos não possam estar presentes, é que se justifica a não realização do Culto do Evangelho no Lar.
Evite-se ligar rádio ou televisão no dia do Culto, próximo e depois da hora de sua realização, bem como a leitura de jornais ou obras sem caráter edificante, para que se mantenha um ambiente vibratório de paz e tranqüilidade dentro do Lar, bem como saídas à rua, senão para inevitáveis e inadiáveis compromissos.
Presença de criança no Culto
As crianças devem, também, participar do Culto do Evangelho no Lar. Nesses casos, os adultos descerão os comentários ao nível de entendimento delas.
Recomenda-se a leitura, como subsídio, dos capítulos 35 e 36 da obra "Os Mensageiros", do Espírito André Luiz, e "Evangelho em Casa", do Espírito Meimei, psicografadas pelo médium Francisco Cândido Xavier e editadas pela Federação Espírita Brasileira.
FonteSetor de Ajuda do CVDEE (Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo).

sábado, 30 de julio de 2011



A CONSCIÊNCIA DE SUA MISSÃO


Freqüentemente, eu me pergunto:
O que cada um de nós está fazendo neste planeta?
Se a vida for somente tentar aproveitar o
máximo possível as horas e minutos,
esse filme é bobo..
Tenho certeza de que existe um sentido melhor
em tudo o que vivemos. Para mim, nossa vinda
ao planeta Terra tem basicamente dois motivos:
evoluir espiritualmente e aprender a amar melhor.
Todos os nossos bens na verdade não são nossos.
Somos apenas as nossas almas.
E devemos aproveitar todas as oportunidades
que a vida nos dá para nos aprimorarmos como
pessoas. Portanto, lembre sempre que os seus
fracassos são sempre os melhores professores
e é nos momentos difíceis
que as pessoas precisam encontrar
uma razão maior para continuar em frente.
As nossas ações, especialmente quando temos
de nos superar, fazem de nós pessoas melhores.
A nossa capacidade de resistir às tentações,
aos desânimos para continuar o caminho é
que nos torna pessoas especiais.
Ninguém veio a essa vida com a missão de
juntar dinheiro e comer do bom e do melhor.
Ganhar dinheiro e alimentar-se faz parte da vida,
mas, não pode ser a razão da vida.
Tenho certeza de que pessoas como
Martin Luther King, Mahatma Ghandi,
Nelson Mandela, Madre Tereza de Calcutá,
Irmã Dulce, Betinho e tantas outras anônimas,
que lutaram e lutam para melhorar a vida dos mais
fracos e dos mais pobres,
não estavam motivadas pela idéia de ganhar
dinheiro. O que move essas pessoas generosas
a trabalhar diariamente, a não desistir nunca?
A resposta é uma só:
a consciência de sua missão nesta vida.
Quando você tem a consciência de que através
do seu trabalho você está realizando sua missão
você desenvolve uma força extra,
capaz de levá-lo ao cume da montanha
mais alta do planeta.
Infelizmente, muita gente se perde nesta viagem
e distorce o sentido de sua existência pensando
que acumular bens materiais é o objetivo da vida.
E quando chega no final do caminho percebe
que o caixão não tem gavetas e que ela só vai
poder levar daqui o bem que fez às pessoas.
Se você tem estado angustiado sem motivo
aparente está aí, um aviso para parar e
refletir sobre o seu estilo de vida.
Escute a sua alma: ela tem a orientação
sobre qual caminho seguir.
Tudo na vida é um convite para o avanço
e a conquista de valores, na harmonia
e na glória do bem.

Roberto Shinyashiki

"Viver é sempre dizer aos outros que eles são
importantes e que nós os amamos, porque um
dia eles se vão, e ficamos com a nítida impressão
de que não os amamos o suficiente..."
(Chico Xavier)

viernes, 22 de julio de 2011


Educação à Luz do Espiritismo

Livro: A Educação à Luz do Espiritismo
Lydienio Barreto Menezes
    "Há um elemento, que se não costuma fazer pesar na balança e sem o qual a ciência econômica não passa de simples teoria. Esse elemento é a educação, não a educação intelectual, mas a educação moral. Não nos referimos, porém, à educação moral pelos livros e sim à que consiste na arte de formar os caracteres, à que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto de hábitos adquiridos.
    Quando essa arte for conhecida, compreendida e praticada, o homem terá no mundo hábitos de ordem e de previdência para consigo mesmo e para com os seus, de respeito a tudo o que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar menos penosamente os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que só uma educação bem entendida pode curar. Esse o ponto de partida, o elemento real do bem-estar, o penhor da segurança de todos" (O Livro dos Espíritos - Questão 685 - Nota de Kardec)
    "... é rebuscando a causa primeira dos instintos e das inclinações inatas que se descobrirão os meios mais eficazes de combater os maus e desenvolver os bons. Quando esta causa for conhecida, a educação possuirá a mais poderosa alavanca moralizadora que jamais teve." (Revista Espírita - Junho de 1866 - Comentário de Kardec)
    Ao final da Idade Média, período de obscurantismo em que o pensamento humano foi refreado, a humanidade entrou na Renascença, na qual as artes e a ciência tomaram grande impulso, levando o homem a vislumbrar horizontes novos. Para acompanhar essa eclosão do intelectualismo, surgiu a necessidade de novas escolas e universidades. A partir daí, apareceram as primeiras escolas pedagógicas, tendo como precursores Jean Jacques Rousseau, Pestalozzi e outros. A Educação tornou-se uma ciência cada vez mais progressista, surgindo novos métodos e novas escolas pedagógicas, contando com o contributo de eminentes pedagogos, tais como Piaget, Rogers e Maria Montessori.
    Se por um lado, esses trabalhos e a introdução de novas técnicas didático-pedagógicas auxiliaram o desenvolvimento intelectual do homem, atingindo graus nunca imaginados, principalmente nas áreas da ciência e da tecnologia, não conseguiram resolver os problemas sociais que envolvem o homem e seu semelhante, ocasionando um sério desnível entre o intelectualismo e a moral..
    Por isso, Allan Kardec, já no século passado, conceitua a educação, não como uma ciência e sim como uma arte, único elemento capaz de inverter esse desequilíbrio. "Não a educação intelectual, mas a educação moral", diz ele, complementando: "Não a educação moral pelos livros e sim aquela capaz de formar os caracteres", isto é, os hábitos de ordem e de previdência.
    Para tanto, vem o Espiritismo, a partir dos livros da Codificação, fornecendo vasto material neste campo, quer escritos por autores encarnados, tais como J. Herculano Pires, Rubens Romanelli e Pedro de Camargo (Vinícius), ou através de autores desencarnados, Emmanuel, André Luiz, Joanna de Ângelis, Vianna de Carvalho e tantos outros, como subsídios para que o homem, como ser imortal, retome o equilíbrio intelecto-moral, tão importante para o seu progresso e conseqüentemente para o crescimento espiritual da Humanidade.
    Joanna de Ângelis, no livro Estudos Espíritas (Psicografia de Divaldo Pereira Franco - Edição FEB) afirma: "A educação encontra no Espiritismo respostas precisas para melhor compreensão do educando e maior eficiência do educador no labor produtivo de ensinar a viver, oferecendo os instrumentos do conhecimento e da serenidade, da cultura e da experiência aos reiniciantes do sublime caminho redentor, através dos quais os tornam homens voltados para Deus, o bem e o próximo."
    Vinícius na lição "As gerações futuras", de seu livro O Mestre na Educação - Edição FEB, conta-nos o seguinte fato sobre a educação:
    Licurgo, célebre orador ateniense, fora, certa ocasião, convidado a falar sobre a Educação. Aceitou o convite, sob a condição de lhe concederem três meses de prazo. Findo esse tempo, apresentou-se perante numerosa e seleta assembléia, que aguardava, ávida de curiosidade, a palavra do consagrado tribuno.
    Licurgo apareceu, então, trazendo consigo dois cães e duas lebres. Soltou o primeiro mastim e uma das lebres. A cena foi chocante e bárbara. O cão avança furioso sobre a lebre e a despedaça. Soltou, em seguida, o segundo cachorro e a outra lebre. Aquele pôs-se a brincar com esta amistosamente. Ambos os animais corriam de um lado para o outro, encontrando-se aqui e acolá para se afagarem mutuamente.
    Ergue-se, então, Licurgo na tribuna e conclui, dirigindo-se ao seleto auditório:
    "Eis aí o que é a educação. O primeiro cão é da mesma raça e idade que o segundo. Foi tratado e alimentado em idênticas condições. A diferença entre eles é que um foi educado e o outro não."
    Eis porque, o grande educador e escritor espírita, no livro acima mencionado afirma:
    EDUCAR: EIS O RUMO A SEGUIR, O PROGRAMA DO MOMENTO."
        Entre saber e brilhar A diferença é sabida: Cultura faz-se num mês, Educação pede a vida.
        Múcio Teixeira & Francisco Cândido Xavier


jueves, 16 de junio de 2011



Página aos Espíritas
Livro: Canais da Vida
Emmanuelç  & Francisco Cândido Xavier
    Examinando os imperativos do progresso, lembremo-nos de que não poucos amigos estranham os ideais e atividades dos espíritas e dos espíritos, no trato com os assuntos que nos envolvem os interesses, além do plano físico.
    Crendices - dizem alguns.
    Futuro não interessa - clamam outros.
    Entretanto, o mundo que antigamente considerava bruxaria o fato de se diagnosticar uma enfermidade através da clarividência, na atualidade realiza a proeza, em caráter de rotina, pela radiografia.
    E, quantos asseveram não encontrar qualquer vantagem nos estudos que vamos efetuando em torno do porvir, não desistem de educar os filhos para as eventualidades do tempo, exigem que as organizações legais lhes mantenham a ordem, utilizam-se da medicina preventiva e fazem seguro contra incêndio.
    Declaram-se fixados tão-somente nos sucessos de hoje e nas conquistas de hoje, mas, no fundo, sabem que o amanhã lhes bate à porta e preparam-se prudentemente para enfrentá-lo.
    -0- -0- -0- -0-
    Apesar da opinião de quantos não nos possam compreender de pronto, continuemos em nossos objetivos e tarefas, construindo o entendimento novo para a Vida Maior.
    Sem ferir a ninguém, conquanto decididos a sustentar a verdade e a defendê-la com os recursos da lógica e do bom senso, prossigamos edificando a solidariedade humana sobre os alicerces do amor que o Cristo nos legou.
    E tanto quanto esteja ao nosso alcance, sem curiosidade preguiçosa e sem pressa enfermiça, comprovemos a imortalidade da alma, demonstrando que a consciência se patenteia responsável e ativa para lá da Terra; que a criatura em qualquer parte colhe o que semeia; que o espírito, seja ele quem for e onde estiver, vive nos reflexos das criações mentais que ele próprio alimenta e que a reencarnação é a lei através da qual somos todos conduzidos à renovação e ao progresso incessante.
    Quanto possível, trabalhemos na Causa da Humanidade que a Doutrina Espírita representa.
    Os homens encarnados de agora são nossos descendentes e nós, os desencarnados da hora que passa, seremos depois os descendentes deles, até que eles e nós nos mostremos em condições de acesso às Esferas Superiores.
    - Berço - existência - desencarnação - nascimento - constituem quatro estágios de evolução que cabem nas quatro letras da VIDA. E a VIDA, com as suas grandezas e exigências, problemas e imposições, tanto se encontra aí, quanto aqui.
Muita Paz

jueves, 2 de junio de 2011





Mesa branca:
Não existe espiritismo mesa branca, alto espiritismo, baixo espiritismo ou qualquer ramificação do Espiritismo, que é um só. O hábito de forrar mesas com toalhas de cor branca, na maioria dos centros espíritas, nada mais é que um hábito de alguns espíritas, de certa forma até equivocados também, uns talvez achando que a cor branca da toalha ou das roupas das pessoas tem algum significado virtuoso, quando na verdade não existe esta orientação no Espiritismo. Na verdade, não há sequer a necessidade de ter toalhas nas mesas…
Portanto a citação de “Espiritismo mesa branca” é mais uma expressão da ignorância popular, o que não se admite nos jornalistas.
Terapia de vidas passadas:
Não é procedimento espírita, em que pese ser recomendável em alguns casos, porém em consultórios de profissionais especializados, geralmente psicólogos ou médicos. É fato, existe, é comprovado, tem resultados cientificamente respaldados, mas não é prática espírita… É prática médica.
Cromoterapia, piramidologia, etc:
Se alguém usa uma dessas práticas no espaço físico de uma casa espírita, é por pura deliberação da direção da casa, que se considera livre para fazer o que quiser, até mesmo dar aulas de arte culinária, corte e costura, curso de inglês, informática ou o que quiser, que são atividades úteis, sem dúvidas. Mas não tem a ver diretamente com o Espiritismo.
Sucessor de Chico Xavier:
Isto nunca existiu no Espiritismo, em que pese vários jornalistas terem colocado em matérias diversas, quando o Chico Xavier “morreu” (desencarnou), e ainda repetem, talvez querendo estabelecer alguma comparação do Espiritismo (que veem apenas como religião) com a Igreja Católica, que tem sucessores dos papas, quando morrem. Chico Xavier nunca foi uma espécie de papa, de cardeal ou de qualquer autoridade eclesiástica dentro do movimento espírita.
Divaldo Pereira Franco nunca foi sucessor de Chico, nunca teve essa pretensão, ninguém no movimento espírita fala nisto, que é coisa apenas de páginas de revistas desinformadas sobre o que verdadeiramente é o Espiritismo.

jueves, 19 de mayo de 2011




Vidência e Clarividência
Clarividência

PERALVA
- É a faculdade pela qual a pessoa vê espíritos com grande clareza = vidência clara;
- O médium vê (e ouve) através da mente, que funciona como um prisma, filtro, que reflete diversamente quadros e impressões idéias e sentimentos iguais na sua origem.

ARMOND
- Vidência ou Clarividência = visão hiperfísica.

RAMACHARAKA
- Clarividência = Visão Astral = permite ao homem receber vibrações luminosas astrais de longas distâncias;
- Todas as pessoas têm estas percepções, no entanto, nem todas as têm desenvolvidas de forma que possam usá-las conscientemente;
- Apresentam fugazes momentos de percepção astral, entendendo, ape- nas, que algo “penetra em sua mente”. Entre- tanto, descartam a im- pressão, como se fosse simplesmente uma ilu- são.

De olhos bem fechados!

PERALVA:
- A visão ocorre também de olhos fechados, e pode ser ainda mais nítida e mais definida;
- Não vemos nem ouvimos com olhos e ouvidos corporais;
- Sono: com a alma liberta, ao dormir, se pode ver (ouvir e sentir) sem a cooperação de órgãos físicos, confirmando que a vidência (e a audiência) independem dos órgãos visuais (e auditivos).

A “vista sem os olhos” , pela fronte, ouvido, estômago, ponta dos dedos, pés, joelhos, pela visão interior, através dos corpos opacos ou longas distâncias quilométricas [...] não é por aí que ela se opera; é o espírito que vê.
(FLAMMARION, 1939, p.164)

Conforme explica Allan Kardec, na dupla-vista se vê com os olhos fe-chados ou aber-tos, por isso, po-de-se concluir que também os cegos vêem espí-ritos.
(RAMATIS, 1961, p. 139)

[...] Se vê e se ouve por todo o perispírito.
(ARMOND, 1992)

Pontos de Vista

PERALVA
- Os médiuns presentes em local fechado, ou qualquer outro, podem ver (e ouvir) diferentemente quando de uma ocorrência
“supranormal”;
- Depende do estado mental de cada um;
- As percepções, pois, ocorrem em diferentes perspectivas;
- Comparado à claridade da lâmpada, o fenômeno psíquico pode ser único, mas poderá ser observado e interpretado de várias maneiras, conforme a filtragem mental de cada medianeiro.

O assistente Áulus, em resposta a Hilário, esclarece:
─ O círculo de percepção varia em cada um de nós.
Ele acrescenta como exemplo:
─ Uma lâmpada exibirá claridade lirial, em jacto contínuo, mas, decerto estará submetida à cor e ao potencial de cada um desses filtros, embora continue sendo sempre a mesma lâmpada a fulgurar em seu campo central de ação...
(Francisco Cândido Xavier. Nos domínios da mediunidade. Pelo espírito de André Luiz)

PERALVA
- Cada mente tem uma capacidade peculiar de percepção dos fenômenos, registrando-os, assim, de modo variado;
- Um médium pode observar aspectos despercebidos a outros;
- O médium esclarecido, consegue compreender que os fenômenos espíritas, por serem transcendentes, es-tão ainda longe de ser to-talmente compreendidos por nós.
Classificação

ARMOND
- Esta é uma mediuni- dade cujo fenômeno classifica-se como LUCIDEZ;
- Segundo Richet, é uma faculdade espontânea, independente dos sentidos físicos e de efeitos telepáticos;
- Através dela, os médiuns podem ver (ouvir e conhecer) além dos sentidos comuns e dos limites vibratórios da luz (e som) comumente percebidos no mundo físico.
Haverá um ponto ou um momento em que as vibra-ções dos dois mundos, cada uma na sua espécie, se equi-librarão, o mais alto do mundo físico fundindo-se ao mais baixo do mundo hiperfísico.
[...] O médium de lucidez é aquele que possui a capa-cidade (visão, audição ou intuição) levada a esse pon-to de equilíbrio, de sintonia, que o coloca entre os dois mundos, sendo-lhe ambos acessíveis.

Vidência Ambiente ou Local

Opera-se no ambiente onde o médium se encontra;
- Ele pode ver espíritos presentes, cores, luzes, formas; sinais, quadros e símbolos projetados mentalmente pelos instrutores invisíveis, ou qualquer espírito, no seu campo de visão;
- Também poderá ler palavras ou frases inteiras, também projetadas por espíritos comunicantes, caracterizando desenvolvimento do fenômeno, pois ocorre com maior nitidez;
- Os símbolos, letras e palavras, nem sempre claros ou apropriados, podem ser até inexpressivos, pois dependem da capacidade imaginativa, da inteligência ou do poder mental do espírito comunicante.

Clarividência Simples (Ramacharaka)

- Percepção pelo médium dos “raios luminosos astrais” (radiações emitidas por todas as formas de matéria em todas as direções) de um ponto próximo;
- Pode perceber o que ocorre num cômodo próximo, ou quando mais desenvolvido, ler o conteúdo de uma carta fechada;
-Pode ver através de objetos, paredes, corpo humano, sólidos em geral, como se estivesse tirando um “Raio X”;
-Pode-se ver o funcionamento dos órgãos e as cores áuricas.

Vidência do Espaço (Armond)

O médium vê cenas, quadros, sinais ou símbolos em locais longe de onde realiza o trabalho;
- Pode-se ver de duas formas:
- Pelo Tubo Astral:
- Leadbeater explica que funciona como se fosse um foco formado por um número de linhas paralelas de átomos astrais polarizadas para tal função; eles formam uma espécie de tubo pelo qual o médium olha; as imagens são de tamanho reduzido, porém nítidas.
- Ou por fio transmissor feito de matéria astral pelos instrutores invisíveis e que sendo uma linha de partículas fluídicas transmitem vibrações de extremo a extremo, por meio da qual a vidência se exerce.

Por Desdobramento:
- O médium desloca-se no astral com seu espírito exteriorizado do corpo físico; assim pode dirigir-se ao local da cena para observá-la; neste caso a visão é mais nítida e completa.
- Ocorre, ainda, de os instrutores espirituais mergulharem o médium em sono sonambúlico e o transportarem aos lugares desejados, quando ele ainda não tem a capacidade de desdobramento; neste caso, o médium pode narrar o que vê, mesmo em sono sonambúlico, ou a descreve quando regressa e desperta no corpo físico.

Vidência do Espaço (Ramacharaka)

Idem a “Vidência do Espaço” descrita por Armond;
- Compara o “Tubo Astral” com um telescópio que auxilia o médium a perceber cenas longínquas: de poucas milhas de distância a quaisquer partes da Terra, inclusive de outros planetas;
- Tubo Astral = Telégrafo Astral = Corrente Astral
- Bola de Cristal (ou objetos similares) = meio fácil para o médium criar o Tubo Astral, usando o cristal como ponto de partida;
- Tubo Astral = método mais comum comparado à projeção ou deslocamento no astral;
- Poucas pessoas tem conhecimento suficiente que as habilita às incursões astrais conscientes.

Vidência no Tempo

Num ângulo de tempo, ou seja, em “um momento”, entre dois ci- clos de tempo, o olhar do médium pode abranger o que já foi e o que ainda vai ser.
- Visão do passado = rememorativa;
- Visão do futuro = profética.
- [...]Segundo Marin, o futuro não está preparado mas sim realizado constantemente no Tempo (ARMOND, 1992).
- Neste caso, o médium pode estar desdobrado e deslocar-se onde estão os clichês astrais ou podem estes ser projetados por espíritos instrutores no ambiente onde o médium se localiza.

Vidência no tempo (Armond)

- O vidente vê cenas que represen- tam fatos a ocorrer ou ocorridos em outros tempos;
- Ele tem acesso aos registros da eternidade (akasicos) que se mostram a ele como uma fita cinematográfica; Slide 18Assim, tem a visão nítida de acontecimentos passados e futuros;
- Os fatos relacionados com a vida dos indivíduos ou das coletividades gravam-se indelevelmente em registros são etéreos e se arquivam em lugares ou repartições apropriadas do Espaço, sob a guarda de entidades responsáveis em certos casos, podem ser consultados ou revelados a Espíritos interessados na rememoração do passado (ARMOND, 1992).

Clarividência do Passado

O médium vê algo muito distante no passado, que APARENTEMENTE pereceu;
- No entanto, os registros akasicos, que estão num plano muito mais elevado que o astral, são refletidos no astral
Slide 19
como se fossem nuvens refletidas num lago;
- O observador, então, vê a duplicação, mesmo sem poder ter acesso a origem;
- Assim como o lago apresenta oscilações que perturbam a perfeição da imagem, o mesmo ocorre com a luz astral;
- [...] Somente as inteligências mais adiantadas têm livre acesso a esses registros – ou, melhor, o poder de os ver (RAMACHARAKA, 1947, p. 91).

Clarividência do Futuro

- [...] Na luz astral, se encontram débeis e imperfeitos reflexos das operações da grande lei de causa e efeito, ou antes, as sombras impressas com antecipação à chegada dos sucessos
(RAMACHARAKA, 1947, p. 92);
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- Alguns têm a capacidade mediúnica de ver as coisas que as sombras e reflexos causam de um ponto de vista muito aproximado, outros, no entanto, em função de um menor grau de desenvolvimento psíquico, apenas vêem os pobres reflexos, falseados e incertos, causados pelo “encrespamento” da superfície da luz astral (idem).

Vidência e Evangelização

- Vidência = Dupla-Vista = Vista-Dupla
- Vidência Indireta Mental ou Astralina Direta: dependem da maior ou menor sensibilidade psíquica da criatura;
- A graduação moral do ser é que interfere na segurança, exatidão e proveito;
- Verificar a índole e a moral do médium, pois ele se liga aos espíritos de mesma estirpe espiritual;
- Médium de Vidência Intuitiva: moral superior e propósitos superiores.
- Visão Astralina Avaçada ou Vista-Dupla Direta: a companhia de espíritos malfeitores procuram-se ligar aos videntes excepcionais, mas de moral duvidosa com a intenção de afastá-los o mais cedo possível dos ambientes moralizados, neutralizando sua vidência esclarecedora.
O médium, pois, intuitivo ou de vista-dupla direta, antes de se preocupar com o êxito e o poder descritivo de sua faculdade, deve primeiramente evangelizar-se, a fim de assegurar o teor verídico e o sentido benfeitor daquilo que “vê” ou “sente” no limiar do mundo invisível dos espíritos desencarnados (RAMATIS, 1961, p. 131).

Vidência Ideoplástica

- É comum ocorrer diferença entre a verdadeira configuração perispiritual dos desencarnados e as pinturas mediúnicas;
- As ondas e radiações do astral superior são configuradas num plano da 4ª dimensão, por isso nem sempre se ajustam com exatidão às formas 3D da visão carnal;
- A captação do médium, é menor do que a emissão do plano superior, ocorrendo desa-juste, pelo aceleramento e fuga vibratória do plano astral;
- Três dificuldades características dos médiuns videntes ou desenhistas:
- O médium apenas sente a vibração do desencarnado e confunde com a imagem que “vê” mentalmente no momento que desenha;
- O médium capta na cortina astral a imagem projetada por um encarnado que pensa em alguma entidade querida por si naquele momento;

O médium não possui habilidade, apresentando deficiência técnica ao desenhar, que junta-se a uma faculdade incipiente e incapaz de pressentir com proficiência o modelo desencarnado
(RAMATIS, 1947, p. 133).

... Há em nós um ser mental que pensa, quer, e leva sua ação além da periferia dos sentidos orgânicos, as observações, não menos certas, da vista sem olhos irão oferecer-nos o mesmo testemunho, independentemen-te dos precedentes, mas confir-mando-os e completando-os.
(FLAMMARION, 1939, p. 163)

Referências
- ARMOND, Edgar. Mediunidade. São Paulo: Aliança, 1992.
- FLAMMARION, Camille. A morte e seus mistérios: Antes da Morte. Volume 1. Rio de Janeiro: Federação espírita Brasileira, 1939.
- http://forum.outerspace.terra.com.br/showthread.php?t=163259
- MAES, Hercílio. Mediunismo. Pelo espírito de Ramatis. São Paulo: Livraria Freitas e Bastos, 1961.
- PASTORINO, C. Torres. Técnica da mediunidade. Rio de Janeiro, 1969 (não publicado).
- PERALVA, Martins. Estudando a mediunidade. Rio de Janeiro: Federação espírita Brasileira, 1987.
- RAMACHARAKA, Yogi. Catorze lições de filosofia Yogui. Coleção Yogi. São Paulo: O Pesamento, 1947.

Pesquisa realizada por Paula da Silva Soares

domingo, 8 de mayo de 2011

Ectoplasma

Ectoplasmia e Ectoplasma



Conhecemos a telergia, que poderíamos defender como uma força psicofísica exteriorizada. Algumas vezes esta força está condensada, apresentando-se até visivelmente. Uma força condensada, dirigida pela psicobulia e dependente dela, teoricamente, poderia ser modelada.

A exteriorização dessa substância e sua formação externa, mais ou menos modelada e modelável, foi descrita de maneira sistemática, pela primeira vez entre os metapsíquicos (parapsicólogos), por Schrenck-Notzing. Ele a chamou teleplastia. Outros especialistas a designaram pelos nomes análogos de teleplasia, teleplasmia, assim como ectoplasia, ectoplastia e ectoplasmia. Nós adotaremos o termo ectoplamia porque, designando o fenõmeno, é o termo mais frequentemente usado.

Ectolplasmia ou, em concreto, ectoplasma, deriva do grego "ectos"=fora e "plasma"= coisa formada ou modelada. O termo foi criado por Chales Richet (Traité de Métapsychique- Paris-1923): "De início, uma massa confusa, mais ou menos informe...são estas formações difusas que eu chamo ectolplasmas, porque parecem sair do corpo."

Ectoplasmia designa o fenômeno; ectoplasma a substância.

As técnicas e materiais para trucar o ectoplasma são inumeráveis.Empregam-se tecidos especiais como sêda, tipo gaze ou musselina, com aparência vaporosa na escuridão. Alguns desses tecidos são tão finos que grande quantidade tem um volume insignificante, podendo ser escondido no ouvido ou até na cavidade de um dente falso. Um tecido especial de "sêda" japonesa com i,3 cm de volume pode formar um balão de 5 metros de diãmetro.

Já manejamos pessoalmente uma substância que se vende nas lojas (ao menos nas norte-americanas) para truques de espiritismo; uma substância apresentada em drágeas que metida na boca, desprende, quando se sopra, vapores brancos "misteriosos". Também usamos uma substância que untada nos dedos, produz neles, ao esfregarem-se, uma espécie de luzes ou chamas ou nuvens brancas e luminosas de notável efeito.

O ectoplasma deve ser considerado como um fenômeno de condensação da telergia, no sentido amplo em que consideramos a telergia.

Num primeiro estágio de condensação, a telergia não passa de um fluído ou pequeníssima radiação humana, sempre porém, um verdadeiro fenômeno metafisiológico. Em tal estágio inicial de condensação, só é perceptível mediante técnicas e aparelhos delicadíssimos sendo capaz de realizar só pouquissimo trabalho.
Oscar G. Quevedo S.J- Livro: As Forças Físicas da Mente (Vol.1)- Ed. Loyola

Trata-se a ectoplasmia do fenômeno pelo qual a força psicofísica – de tão condensada – apresenta-se em substância visível. Uma força condensada, dirigida pela pscobulia (vontade psíquica), mas ou menos modelada e que se externa em diversas formas.

Foi conhecida, primeiramente, como teleplastia, depois teleplasia e hoje como ectoplasmia.

ECTOS significa forma.
PLASMA significa coisa formada ou modulada.
ECTOPLASMA é s substância.
ECTOPLASMIA é o fenômeno.


Apesar de sua forma moldável, o Ectoplasma pode se apresentar invisível e intangível, mesmo realizando trabalhos que envolvam a força.

O ectoplasma pastoso é o mais freqüente de se tornar visível e pode-se perceber sua ligação com o corpo do dotado.

Num sentido amplo, a ectoplasmia deve ser enquadrada como fenômeno de condensação da Telergia, ou seja, a telergia sai do corpo do dotado (ectoplasta) exteriorizada e condensada em forma de ectoplasma, e chega ao objeto, razão pela qual se atravessarmos a linha entre o ectoplasta e o objeto, dificultamos a telergia. Há uma corrente de vinculação entre a substância e o próprio ectoplasta, tanto que há uma reação do dotado se, porventura, tocamos ou ferimos o membro exteriorizado.

Desaparecido o fenômeno, o ectoplasma é reabsorvido no organismo do dotado, razão pela qual afirmam os pesquisadores que trata-se de uma energia transformada e não propriamente de um composto químico.


Fonte:
http://oepnet.sites.uol.com.br/ectoplasmia.htm

sábado, 30 de abril de 2011


Mediunismo, Mediunidade, Animismo e Mistificação


Freddy Brandi

A expressão mediunismo, criada por Emmanuel, designa as formas primitivas de mediunidade que fundamentam as crenças e a religião primitivas. Primitivismo; adoração inclusive de objetos inanimados, broches, talismãs, amuletos, e etc., o fetichismo nas crenças indignas e religiões africanas. A diferença entre Mediunismo e Mediunidade está na conscientização do problema mediúnico.
"A mediunidade é o mediunismo desenvolvido, racionalizado e submetido à religião religiosa, filosófica e às pesquisas científicas necessárias ao esclarecimento dos fenômenos, sua natureza e suas leis.
O mediunismo divide-se em vários ramos correspondentes, as noções africanas de que procedem. Existem as mais e as menos elevadas:
Umbanda: -  São  as práticas mais elevadas e voltadas para o bem.
Quimbanda: - Rituais selvagens provocados pelo sangue dos animais sacrificados e queima de pólvora e outros rituais relacionados a inferioridades dos espíritos.
Candomblé: - São as Danças nativas de origem africana e indígena.
A Macumba: - É um ritual muito antigo. Diz Herculano Pires que a Macumba é um instrumento de sopro, geralmente, de bambu, que é tocado para chamar os espíritos do mato, é o "despacho", ao contrário do que se pensa, não é a oferenda de comidas e bebidas que é colocada nas encruzilhadas, mas o envio de espíritos inferiores para atacar as pessoas visadas.
Mediunidade: É a faculdade humana pela qual se estabelece a relação entre homens e espíritos. Não é um poder oculto que se possa  desenvolver através de praticas, rituais ou pelo poder misterioso, desenvolve-se naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para captação mental, de coisas e fatos do mundo espiritual que nos cerca e nos afeta, com as suas vibrações afetivas e psíquicas.
É a faculdade ou aptidão que possuem certos indivíduos determinados médium, de servirem de intermediárioentre o mundo físico e espiritual. A mediunidade é dada sem distinção a fim de que os espíritos possam levar a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico, os virtuosos, para os fortalecer no bem, e os viciosos para os  corrigir.
Mediunidade é simplesmente uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos dócil, aos espíritos em geral. O bom médium é aquele que constrói boas qualidades morais e constantemente cultiva bons pensamentos, possui o hábito da oração e da leitura.
Dessa maneira , a mediunidade é a condição natural do homem, uma faculdade geral da espécie humana, que serevela em dois campos paralelos de fenômenos: os Anímicos: Que são os fenômenos mediúnicos, com há maior influência do espírito do médium na relação entre duas esferas, como nos casos de vidência. Espíritas: são fenômenos mediúnicos, quando, na relação, há uma atuação direta do espírito desencarnado sobre o encarnado, como ocorre na audiência e na psicografia.
Mistificação: São os escolhos mais desagradáveis da prática espírita; mas  um meio de evita-los, o de não pedires ao espiritismo nada mais do que ele pode e deve dar-vos; seu objetivo é o aperfeiçoamento moral da humanidade. Desde que, não vos afasteis disso, jamais sereis enganados, pois não há duas maneiras de compreender a verdadeira moral, aquela de que todo homem de bom senso pode admitir; mesmo que o homem nadapeça, nem que evoque, sofre mistificações, se aceitarem o que dizem os espíritos mistificadores. Se o homem recebesse com reserva e desconfiança tudo que se afasta do objetivo essencial do espiritismo, os espíritos levianos não o enganariam tão facilmente.
Mistificar:  Quer dizer; enganar , trapacear, burlar, tapear, iludir, iniciar alguém nos mistérios de um culto, torna-lo iniciado, abusar da boa fé.
“Do que se conclui que só é mistificado aquele que merece”
Animismo: (anima – alma) Sistema fisiológico que considera a alma como causa primária de todos os fatos intelectuais e vitais, isto é, expõe o fenômeno anímico como a manifestação da alma do médium, portanto, á alma do médium pode manifestar-se como qualquer ouro espírito, desde que goze de certo grau de liberdade, pois recobra os seus atributos de espírito e fala como tal e não como encarnado. Para que se possa distinguir, se é o espírito do médium ou outro que se comunica, é necessário observar a natureza das comunicações, através das comunicações e da linguagem.
Outro grande engano é confundir Animismo com Mistificação.
 "Na verdade a questão do Animismo foi de tal maneira inflada, além de suas proporções, que acabou transformando-se em verdadeiro fantasma, uma assombração para espíritas desprevenidos ou desatentos. Muitos são os dirigentes que condenam sumariamente o médium, pregando-lhe o rótulo de fraude, ante a mais leve suspeita de estar produzindo fenômeno anímico e não espírita. Creio oportuno enfatizar aqui que em verdade não fenômeno espírita puro, de vez que a manifestação de seres desencarnados, em nosso contexto terreno, precisa do médium encarnado, ou seja, precisa do veículo das faculdades da alma (espírito encarnado) e, portanto, manifestações anímicas".

A conclusão que chegamos é que não há fenômeno mediúnico sem participação anímica.
Existem também manifestações de animismo puro, ou seja, comunicação produzida pelo espírito do médium, sem a participação de outro espírito - encarnado ou desencarnado, pode ocorrer um processo espontâneo de regressão de memória. Existem fraudes de médiuns e de Espíritos que nada têm a ver com o animismo e o mediunismo. Pode ocorrer o desejo de promoção pessoal e de grupos. Existem a dos Espíritos que usam nomes falsos para desequilibrarem àqueles que se esquecem de estudar e julgam assim serem superiores demais. Devemos conservar a humildade e agradecer constantemente a oportunidade de servir.   fonte:   centro esp.ISMAEL