jueves, 19 de mayo de 2011




Vidência e Clarividência
Clarividência

PERALVA
- É a faculdade pela qual a pessoa vê espíritos com grande clareza = vidência clara;
- O médium vê (e ouve) através da mente, que funciona como um prisma, filtro, que reflete diversamente quadros e impressões idéias e sentimentos iguais na sua origem.

ARMOND
- Vidência ou Clarividência = visão hiperfísica.

RAMACHARAKA
- Clarividência = Visão Astral = permite ao homem receber vibrações luminosas astrais de longas distâncias;
- Todas as pessoas têm estas percepções, no entanto, nem todas as têm desenvolvidas de forma que possam usá-las conscientemente;
- Apresentam fugazes momentos de percepção astral, entendendo, ape- nas, que algo “penetra em sua mente”. Entre- tanto, descartam a im- pressão, como se fosse simplesmente uma ilu- são.

De olhos bem fechados!

PERALVA:
- A visão ocorre também de olhos fechados, e pode ser ainda mais nítida e mais definida;
- Não vemos nem ouvimos com olhos e ouvidos corporais;
- Sono: com a alma liberta, ao dormir, se pode ver (ouvir e sentir) sem a cooperação de órgãos físicos, confirmando que a vidência (e a audiência) independem dos órgãos visuais (e auditivos).

A “vista sem os olhos” , pela fronte, ouvido, estômago, ponta dos dedos, pés, joelhos, pela visão interior, através dos corpos opacos ou longas distâncias quilométricas [...] não é por aí que ela se opera; é o espírito que vê.
(FLAMMARION, 1939, p.164)

Conforme explica Allan Kardec, na dupla-vista se vê com os olhos fe-chados ou aber-tos, por isso, po-de-se concluir que também os cegos vêem espí-ritos.
(RAMATIS, 1961, p. 139)

[...] Se vê e se ouve por todo o perispírito.
(ARMOND, 1992)

Pontos de Vista

PERALVA
- Os médiuns presentes em local fechado, ou qualquer outro, podem ver (e ouvir) diferentemente quando de uma ocorrência
“supranormal”;
- Depende do estado mental de cada um;
- As percepções, pois, ocorrem em diferentes perspectivas;
- Comparado à claridade da lâmpada, o fenômeno psíquico pode ser único, mas poderá ser observado e interpretado de várias maneiras, conforme a filtragem mental de cada medianeiro.

O assistente Áulus, em resposta a Hilário, esclarece:
─ O círculo de percepção varia em cada um de nós.
Ele acrescenta como exemplo:
─ Uma lâmpada exibirá claridade lirial, em jacto contínuo, mas, decerto estará submetida à cor e ao potencial de cada um desses filtros, embora continue sendo sempre a mesma lâmpada a fulgurar em seu campo central de ação...
(Francisco Cândido Xavier. Nos domínios da mediunidade. Pelo espírito de André Luiz)

PERALVA
- Cada mente tem uma capacidade peculiar de percepção dos fenômenos, registrando-os, assim, de modo variado;
- Um médium pode observar aspectos despercebidos a outros;
- O médium esclarecido, consegue compreender que os fenômenos espíritas, por serem transcendentes, es-tão ainda longe de ser to-talmente compreendidos por nós.
Classificação

ARMOND
- Esta é uma mediuni- dade cujo fenômeno classifica-se como LUCIDEZ;
- Segundo Richet, é uma faculdade espontânea, independente dos sentidos físicos e de efeitos telepáticos;
- Através dela, os médiuns podem ver (ouvir e conhecer) além dos sentidos comuns e dos limites vibratórios da luz (e som) comumente percebidos no mundo físico.
Haverá um ponto ou um momento em que as vibra-ções dos dois mundos, cada uma na sua espécie, se equi-librarão, o mais alto do mundo físico fundindo-se ao mais baixo do mundo hiperfísico.
[...] O médium de lucidez é aquele que possui a capa-cidade (visão, audição ou intuição) levada a esse pon-to de equilíbrio, de sintonia, que o coloca entre os dois mundos, sendo-lhe ambos acessíveis.

Vidência Ambiente ou Local

Opera-se no ambiente onde o médium se encontra;
- Ele pode ver espíritos presentes, cores, luzes, formas; sinais, quadros e símbolos projetados mentalmente pelos instrutores invisíveis, ou qualquer espírito, no seu campo de visão;
- Também poderá ler palavras ou frases inteiras, também projetadas por espíritos comunicantes, caracterizando desenvolvimento do fenômeno, pois ocorre com maior nitidez;
- Os símbolos, letras e palavras, nem sempre claros ou apropriados, podem ser até inexpressivos, pois dependem da capacidade imaginativa, da inteligência ou do poder mental do espírito comunicante.

Clarividência Simples (Ramacharaka)

- Percepção pelo médium dos “raios luminosos astrais” (radiações emitidas por todas as formas de matéria em todas as direções) de um ponto próximo;
- Pode perceber o que ocorre num cômodo próximo, ou quando mais desenvolvido, ler o conteúdo de uma carta fechada;
-Pode ver através de objetos, paredes, corpo humano, sólidos em geral, como se estivesse tirando um “Raio X”;
-Pode-se ver o funcionamento dos órgãos e as cores áuricas.

Vidência do Espaço (Armond)

O médium vê cenas, quadros, sinais ou símbolos em locais longe de onde realiza o trabalho;
- Pode-se ver de duas formas:
- Pelo Tubo Astral:
- Leadbeater explica que funciona como se fosse um foco formado por um número de linhas paralelas de átomos astrais polarizadas para tal função; eles formam uma espécie de tubo pelo qual o médium olha; as imagens são de tamanho reduzido, porém nítidas.
- Ou por fio transmissor feito de matéria astral pelos instrutores invisíveis e que sendo uma linha de partículas fluídicas transmitem vibrações de extremo a extremo, por meio da qual a vidência se exerce.

Por Desdobramento:
- O médium desloca-se no astral com seu espírito exteriorizado do corpo físico; assim pode dirigir-se ao local da cena para observá-la; neste caso a visão é mais nítida e completa.
- Ocorre, ainda, de os instrutores espirituais mergulharem o médium em sono sonambúlico e o transportarem aos lugares desejados, quando ele ainda não tem a capacidade de desdobramento; neste caso, o médium pode narrar o que vê, mesmo em sono sonambúlico, ou a descreve quando regressa e desperta no corpo físico.

Vidência do Espaço (Ramacharaka)

Idem a “Vidência do Espaço” descrita por Armond;
- Compara o “Tubo Astral” com um telescópio que auxilia o médium a perceber cenas longínquas: de poucas milhas de distância a quaisquer partes da Terra, inclusive de outros planetas;
- Tubo Astral = Telégrafo Astral = Corrente Astral
- Bola de Cristal (ou objetos similares) = meio fácil para o médium criar o Tubo Astral, usando o cristal como ponto de partida;
- Tubo Astral = método mais comum comparado à projeção ou deslocamento no astral;
- Poucas pessoas tem conhecimento suficiente que as habilita às incursões astrais conscientes.

Vidência no Tempo

Num ângulo de tempo, ou seja, em “um momento”, entre dois ci- clos de tempo, o olhar do médium pode abranger o que já foi e o que ainda vai ser.
- Visão do passado = rememorativa;
- Visão do futuro = profética.
- [...]Segundo Marin, o futuro não está preparado mas sim realizado constantemente no Tempo (ARMOND, 1992).
- Neste caso, o médium pode estar desdobrado e deslocar-se onde estão os clichês astrais ou podem estes ser projetados por espíritos instrutores no ambiente onde o médium se localiza.

Vidência no tempo (Armond)

- O vidente vê cenas que represen- tam fatos a ocorrer ou ocorridos em outros tempos;
- Ele tem acesso aos registros da eternidade (akasicos) que se mostram a ele como uma fita cinematográfica; Slide 18Assim, tem a visão nítida de acontecimentos passados e futuros;
- Os fatos relacionados com a vida dos indivíduos ou das coletividades gravam-se indelevelmente em registros são etéreos e se arquivam em lugares ou repartições apropriadas do Espaço, sob a guarda de entidades responsáveis em certos casos, podem ser consultados ou revelados a Espíritos interessados na rememoração do passado (ARMOND, 1992).

Clarividência do Passado

O médium vê algo muito distante no passado, que APARENTEMENTE pereceu;
- No entanto, os registros akasicos, que estão num plano muito mais elevado que o astral, são refletidos no astral
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como se fossem nuvens refletidas num lago;
- O observador, então, vê a duplicação, mesmo sem poder ter acesso a origem;
- Assim como o lago apresenta oscilações que perturbam a perfeição da imagem, o mesmo ocorre com a luz astral;
- [...] Somente as inteligências mais adiantadas têm livre acesso a esses registros – ou, melhor, o poder de os ver (RAMACHARAKA, 1947, p. 91).

Clarividência do Futuro

- [...] Na luz astral, se encontram débeis e imperfeitos reflexos das operações da grande lei de causa e efeito, ou antes, as sombras impressas com antecipação à chegada dos sucessos
(RAMACHARAKA, 1947, p. 92);
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- Alguns têm a capacidade mediúnica de ver as coisas que as sombras e reflexos causam de um ponto de vista muito aproximado, outros, no entanto, em função de um menor grau de desenvolvimento psíquico, apenas vêem os pobres reflexos, falseados e incertos, causados pelo “encrespamento” da superfície da luz astral (idem).

Vidência e Evangelização

- Vidência = Dupla-Vista = Vista-Dupla
- Vidência Indireta Mental ou Astralina Direta: dependem da maior ou menor sensibilidade psíquica da criatura;
- A graduação moral do ser é que interfere na segurança, exatidão e proveito;
- Verificar a índole e a moral do médium, pois ele se liga aos espíritos de mesma estirpe espiritual;
- Médium de Vidência Intuitiva: moral superior e propósitos superiores.
- Visão Astralina Avaçada ou Vista-Dupla Direta: a companhia de espíritos malfeitores procuram-se ligar aos videntes excepcionais, mas de moral duvidosa com a intenção de afastá-los o mais cedo possível dos ambientes moralizados, neutralizando sua vidência esclarecedora.
O médium, pois, intuitivo ou de vista-dupla direta, antes de se preocupar com o êxito e o poder descritivo de sua faculdade, deve primeiramente evangelizar-se, a fim de assegurar o teor verídico e o sentido benfeitor daquilo que “vê” ou “sente” no limiar do mundo invisível dos espíritos desencarnados (RAMATIS, 1961, p. 131).

Vidência Ideoplástica

- É comum ocorrer diferença entre a verdadeira configuração perispiritual dos desencarnados e as pinturas mediúnicas;
- As ondas e radiações do astral superior são configuradas num plano da 4ª dimensão, por isso nem sempre se ajustam com exatidão às formas 3D da visão carnal;
- A captação do médium, é menor do que a emissão do plano superior, ocorrendo desa-juste, pelo aceleramento e fuga vibratória do plano astral;
- Três dificuldades características dos médiuns videntes ou desenhistas:
- O médium apenas sente a vibração do desencarnado e confunde com a imagem que “vê” mentalmente no momento que desenha;
- O médium capta na cortina astral a imagem projetada por um encarnado que pensa em alguma entidade querida por si naquele momento;

O médium não possui habilidade, apresentando deficiência técnica ao desenhar, que junta-se a uma faculdade incipiente e incapaz de pressentir com proficiência o modelo desencarnado
(RAMATIS, 1947, p. 133).

... Há em nós um ser mental que pensa, quer, e leva sua ação além da periferia dos sentidos orgânicos, as observações, não menos certas, da vista sem olhos irão oferecer-nos o mesmo testemunho, independentemen-te dos precedentes, mas confir-mando-os e completando-os.
(FLAMMARION, 1939, p. 163)

Referências
- ARMOND, Edgar. Mediunidade. São Paulo: Aliança, 1992.
- FLAMMARION, Camille. A morte e seus mistérios: Antes da Morte. Volume 1. Rio de Janeiro: Federação espírita Brasileira, 1939.
- http://forum.outerspace.terra.com.br/showthread.php?t=163259
- MAES, Hercílio. Mediunismo. Pelo espírito de Ramatis. São Paulo: Livraria Freitas e Bastos, 1961.
- PASTORINO, C. Torres. Técnica da mediunidade. Rio de Janeiro, 1969 (não publicado).
- PERALVA, Martins. Estudando a mediunidade. Rio de Janeiro: Federação espírita Brasileira, 1987.
- RAMACHARAKA, Yogi. Catorze lições de filosofia Yogui. Coleção Yogi. São Paulo: O Pesamento, 1947.

Pesquisa realizada por Paula da Silva Soares

domingo, 8 de mayo de 2011

Ectoplasma

Ectoplasmia e Ectoplasma



Conhecemos a telergia, que poderíamos defender como uma força psicofísica exteriorizada. Algumas vezes esta força está condensada, apresentando-se até visivelmente. Uma força condensada, dirigida pela psicobulia e dependente dela, teoricamente, poderia ser modelada.

A exteriorização dessa substância e sua formação externa, mais ou menos modelada e modelável, foi descrita de maneira sistemática, pela primeira vez entre os metapsíquicos (parapsicólogos), por Schrenck-Notzing. Ele a chamou teleplastia. Outros especialistas a designaram pelos nomes análogos de teleplasia, teleplasmia, assim como ectoplasia, ectoplastia e ectoplasmia. Nós adotaremos o termo ectoplamia porque, designando o fenõmeno, é o termo mais frequentemente usado.

Ectolplasmia ou, em concreto, ectoplasma, deriva do grego "ectos"=fora e "plasma"= coisa formada ou modelada. O termo foi criado por Chales Richet (Traité de Métapsychique- Paris-1923): "De início, uma massa confusa, mais ou menos informe...são estas formações difusas que eu chamo ectolplasmas, porque parecem sair do corpo."

Ectoplasmia designa o fenômeno; ectoplasma a substância.

As técnicas e materiais para trucar o ectoplasma são inumeráveis.Empregam-se tecidos especiais como sêda, tipo gaze ou musselina, com aparência vaporosa na escuridão. Alguns desses tecidos são tão finos que grande quantidade tem um volume insignificante, podendo ser escondido no ouvido ou até na cavidade de um dente falso. Um tecido especial de "sêda" japonesa com i,3 cm de volume pode formar um balão de 5 metros de diãmetro.

Já manejamos pessoalmente uma substância que se vende nas lojas (ao menos nas norte-americanas) para truques de espiritismo; uma substância apresentada em drágeas que metida na boca, desprende, quando se sopra, vapores brancos "misteriosos". Também usamos uma substância que untada nos dedos, produz neles, ao esfregarem-se, uma espécie de luzes ou chamas ou nuvens brancas e luminosas de notável efeito.

O ectoplasma deve ser considerado como um fenômeno de condensação da telergia, no sentido amplo em que consideramos a telergia.

Num primeiro estágio de condensação, a telergia não passa de um fluído ou pequeníssima radiação humana, sempre porém, um verdadeiro fenômeno metafisiológico. Em tal estágio inicial de condensação, só é perceptível mediante técnicas e aparelhos delicadíssimos sendo capaz de realizar só pouquissimo trabalho.
Oscar G. Quevedo S.J- Livro: As Forças Físicas da Mente (Vol.1)- Ed. Loyola

Trata-se a ectoplasmia do fenômeno pelo qual a força psicofísica – de tão condensada – apresenta-se em substância visível. Uma força condensada, dirigida pela pscobulia (vontade psíquica), mas ou menos modelada e que se externa em diversas formas.

Foi conhecida, primeiramente, como teleplastia, depois teleplasia e hoje como ectoplasmia.

ECTOS significa forma.
PLASMA significa coisa formada ou modulada.
ECTOPLASMA é s substância.
ECTOPLASMIA é o fenômeno.


Apesar de sua forma moldável, o Ectoplasma pode se apresentar invisível e intangível, mesmo realizando trabalhos que envolvam a força.

O ectoplasma pastoso é o mais freqüente de se tornar visível e pode-se perceber sua ligação com o corpo do dotado.

Num sentido amplo, a ectoplasmia deve ser enquadrada como fenômeno de condensação da Telergia, ou seja, a telergia sai do corpo do dotado (ectoplasta) exteriorizada e condensada em forma de ectoplasma, e chega ao objeto, razão pela qual se atravessarmos a linha entre o ectoplasta e o objeto, dificultamos a telergia. Há uma corrente de vinculação entre a substância e o próprio ectoplasta, tanto que há uma reação do dotado se, porventura, tocamos ou ferimos o membro exteriorizado.

Desaparecido o fenômeno, o ectoplasma é reabsorvido no organismo do dotado, razão pela qual afirmam os pesquisadores que trata-se de uma energia transformada e não propriamente de um composto químico.


Fonte:
http://oepnet.sites.uol.com.br/ectoplasmia.htm