viernes, 11 de noviembre de 2011

Quem tem medo da mediunidade?

Posted by Carol Walent em setembro 27, 2009
medoEsse é um ponto que merece bastante atenção e um esclarecimento maior mas, na gigantesca maioria das vezes, observamos que esse medo é reflexo da falta de conhecimento sobre o que é a mediunidade e como tratá-la. O primeiro ponto a ser esclarecido é de que a mediunidade não é escravidão, mas uma grande oportunidade de evoluir espiritualmente, visto que, não somos matéria mas sim espíritos em experiências no Plano Material. Outro ponto importante a esclarecer é que aquelas frases que todo mundo escuta, como: “é um caminho sem volta” ou “nunca mais poderá sair dessa vida” até têm um certo sentido, mas estão sendo mal interpretadas. Pense comigo: ser médium não é uma escolha atual ou uma determinação externa, mas uma opção e essa opção foi sua em algum momento do passado, por isso, a mediunidade não surge de repente só porque você está frequentando um Terreiro ou um Centro. Você optou por ser um intermediário entre o plano espiritual e material, você foi, você é e você sempre será médium perante os Planos Espirituais Superior e Inferior, por isso, a mediunidade é sim o seu caminho e, querendo ou não, é sem volta pois não tem como apagar a sua Luz Interior, a Luz da mediunidade que você tanto desejou, pediu e se esforçou para conquistar.
Então, olhe para o Alto, olhe para si e agradeça por ser eternamente Luz, pois é a sua conquista, é o seu dom dado por Deus. Saiba que essa Luz ninguém lhe tira e ninguém apaga, portanto, assuma-a e deixe-a refletir com orgulho, alegria e toda a sua gratidão a Deus, afinal, é muito bom ser um instrumento Dele. Saliento que a mediunidade só é uma escravidão ou punição quando não há conhecimento sobre o quê, como, quando e de que forma ser médium. Quando não se sabe ‘abrir e fechar’ a mediunidade, quando não se tem todas as Forças Espirituais Superiores e Inferiores alinhadas, ordenadas e equilibradas, ou ainda, quando se perde o amparo e a proteção do Plano Superior Divino.
Fico impressionada com a quantidade de médiuns que se recusam a desenvolver a sua mediunidade por medo, e aí esclareço que só através de um bom desenvolvimento é que se adquire atributos como equilíbrio, ordenação e amparo. Observo que muitas pessoas têm medo de incorporar e acreditam que isso é algo do outro mundo, mas mal sabem que muitas vezes estão incorporando em suas próprias casas ou em qualquer local sem nenhum cuidado ou conhecimento. Isso acontece naquela hora da briga onde se perde o controle sobre os atos e sobre as palavras, acontece naquele momento em que se fala o que não se pensa ou quando se faz aquilo que não se quer, e aí vem a culpa, a sensação de “como pude fazer isso?” e o arrependimento. Vejam, nesses momentos pode ter havido uma irradiação, uma influência e até mesmo uma incorporação do baixo astral, de espíritos zombeteiros ou vingativos que se aproveitam do desequilíbrio e da negatividade do médium e fazem a festa. Acreditem: isso é muito comum de acontecer, só que ninguém tem medo, talvez por não saberem que uma incorporação pode acontecer de forma tão sutil, só dependendo da afinidade que o ser tem em relação ao espírito desencarnado. O pior é que isso pode acontecer a qualquer momento e em qualquer local, basta não ter domínio sobre a mediunidade e sobre si próprio.
Se todo esse medo da mediunidade acontece por falta de explicação ou conhecimento, então saiba que tudo é muito simples e se você se ajudar com um pouco de boa vontade e dedicação aos estudos umbandistas, tudo fica ainda melhor. Acredite, é muito melhor ter esse Dom equilibrado do que viver perturbado e sem prosperidade na vida, pois a espiritualidade traz sim a prosperidade, talvez não essa prosperidade financeira em que a maioria pensa, mas a prosperidade de alma, e essa não se compra em lugar algum, somente se conquista. E se mesmo assim você ainda acha que a mediunidade é uma escravidão, eu digo para você: “Prefiro ser escrava de Deus e dos queridos Guias Espirituais do que ser escrava da doença, da miséria, do chefe, do vício, do marido, do dinheiro, da mãe ou do que quer que seja.
Escrito por Mãe Mônica Caraccio – Autorizado pela autora
fonte:canto do aprendiz.
muita paz!

miércoles, 2 de noviembre de 2011

O Culto dos Mortos na Visão Espírita



O Culto dos Mortos na Visão Espírita


Este culto aos mortos num dia determinado, com a visita aos cemitérios e oferendas remonta aos tempos antigos e tem a sua origem nos cultos pagãos de adoração aos Deuses.

Com a ascensão da Igreja Católica, na época Romana, à categoria de religião oficial, no reinado de Constantino Magno no ano de 321, houve que fazer cedências e assimilar a cultura latina e a de outros povos que praticavam rituais e procediam a festivais nos cemitérios, em homenagem aos antepassados.
Dessa assimilação surgiram as próprias concepções de Céu, Inferno e Purgatório na religião dos cristãos que, para além de crer na ressureição dos corpos no dia do juízo final, passaram a cultivar o hábito de orar aos seus mártires, visitando-os nos cemitérios.
A partir do século XIII, a Igreja instituiu o dia 2 de Novembro como o Dia de Finados.
Um pouco por todo o lado este culto é praticado, apenas variando nas datas: na China comemora-se o Festival do Fantasma Faminto durante o Outono; no Japão o Festival das Lanternas (Obon) acontece entre 13 e16 de Julho; mesmo o termo Halloween parece ser uma corrupção do termo católico “Dia de Todos os Santos”, praticado nos festivais dos antigos povos celtas na Irlanda, cujo Verão terminava a 31 de Outubro.
Mais tarde, este costume foi transferido para os Estados Unidos, através da imigração Irlandesa.
No Espiritismo não há um dia especifico para recordar e homenagear os entes queridos, pois todos os dias do ano são bons para o fazermos e eles, que continuam vivos, embora noutra dimensão, agradecem as nossas lembranças sinceras, qualquer que seja o local onde elas se dêem.
Se estiverem felizes, regozijar-se-ão com o amor que lhes dedicamos e com a saudade que sentimos; se ainda se encontrarem algo perturbados (por desencarne recente ou violento, por exemplo), mais reconhecidos ficarão, pois a nossa prece lhes levará consolo e alívio, abrindo janelas luminosas para o auxílio que se lhes faz necessário.
Pouco se importarão se os visitamos ou não nos cemitérios, pois sabem que aí apenas se encontram os despojos carnais que lhes serviram para mais uma etapa de evolução e que, causa de sofrimento nos derradeiros tempos, abandonaram com alegria. Se lá comparecem é para mais um reencontro com os que ainda se encontram na terra e que mantêm o culto das sepulturas.
Conto-vos uma situação concreta que acompanhei de muito perto, ocorrida há 20 anos.
Tendo desencarnado havia pouco mais de um ano, o marido duma pessoa minha conhecida, manifestou-se mediunicamente, dando todas as informações que lhe foram solicitadas para a sua correcta identificação. Quando a esposa lhe perguntou se precisava de alguma coisa, todos ouvimos surpreendidos o pedido que lhe foi endereçado, com algum humor, característico da sua personalidade, enquanto na terra.
Pediu a entidade encarecidamente à esposa que deixasse de ir ao cemitério todos os dias, informando que ele já lá não estava, porque não era o seu lugar preferido. E que ainda por cima a esposa o “obrigava” a acompanhá-la diariamente, porque ele tinha receio de que a assaltassem pelo caminho.
A esposa vivia na Costa da Caparica e o cemitério distava alguns quilómetros da vila; ela percorria o caminho a pé e este não é de facto muito seguro. Quem conhece a zona, sabe do que falo.

Como se vê, a nossa visão facilmente se altera, quando aportamos ao mundo espiritual e percebemos que afinal não estamos mortos, mas mais vivos do que nunca com o Futuro imenso pela frente e oportunidades infinitas de reparação de nossos erros passados; abandonamos crenças ilusórias e passamos a valorizar todas as boas acções que praticámos, nesta ou em vidas passadas, de esperanças renovadas.
Se queremos homenagear os nossos “mortos”, recordemo-los nos momentos bons e troquemos uma ida ao cemitério, ou mais uma missa, por uma acção caridosa em seu nome e isso lhes será mais útil e recebido como uma prova do amor que lhes continuamos a dedicar. Até um novo reencontro, pleno de alegria.
Vejamos o que nos dizem os Espíritos, através de Kardec:
321. O dia da comemoração dos mortos é, para os Espíritos, mais solene do que os outros dias? Apraz-lhes ir ao encontro dos que vão orar nos cemitérios sobre seus túmulos?
“Os Espíritos acodem nesse dia ao chamado dos que da Terra lhes dirigem seus pensamentos, como o fazem noutro dia qualquer.”

a) - Mas o de finados é, para eles, um dia especial de reunião junto de suas sepulturas?
“Nesse dia, em maior número se reúnem nas necrópoles, porque então também é maior, em tais lugares, o das pessoas que os chamam pelo pensamento.
323. A visita de uma pessoa a um túmulo causa maior contentamento ao Espírito, cujos despojos corporais aí se encontrem, do que a prece que por ele faça essa pessoa em sua casa?
“Aquele que visita um túmulo apenas manifesta, por essa forma, que pensa no Espírito ausente. A visita é a representação exterior de um fato íntimo. Já dissemos que a prece é que santifica o ato da rememoração. Nada importa o lugar, desde que é feita com o coração.”
MUITA PAZ!
"O Livro dos Espíritos"
PARTE 2ª - CAPÍTULO VI
FONTE:IDEA ESPÍRITA