viernes, 30 de septiembre de 2011




Kardec está superado?
  Livro: Um pouco por dia
Rita Foelker
    A respeito da afirmação corrente entre muitos companheiros de que "Kardec está superado", pensamos o seguinte:
    Antes de tudo, temos de definir o termo "superar". Superar é ultrapassar, exceder. No caso em questão, significa que existiriam idéias e conhecimentos superiores, melhores e mais completos que os apresentados na Codificação Espírita, no âmbito dos seus temas básicos. Por esta razão, ela seria uma obra superada.
    Se assim fosse, duas formas de superação poderiam ter existido: pelo progresso da cultura e pela qualidade das idéias.
    Na primeira hipótese, se o progresso cultural, científico e filosófico, posterior à elaboração da Doutrina Espírita, tivesse demonstrado a impossibilidade lógica dos seus conceitos ou trouxesse a comprovação de erro em algum de seus pontos fundamentais. Isto ainda não aconteceu. Pelo contrário, a cada passo, a Ciência se aproxima do Espiritismo e confirma suas verdades básicas. A Filosofia ainda não atingiu a sua avançada concepção do mundo. Haveria superação pela qualidade, se estudos melhores e explicações mais satisfatórias para as questões pertinentes à Doutrina tivessem surgido. Mas o bom senso que perlustra toda a Filosofia Espírita e se revela em todas as particularidades não pôde ser equiparado até o presente momento. A perfeição dos ensinos e sua racionalidade, a didática de Kardec e a clareza de conceitos expostos por S. Luís, Erasto, Fénelon, Galileu, Sto. Agostinho e outros permanecem atuais e válidas.
    O motivo desta insuperabilidade é muito simples: todos ? Allan Kardec e os Espíritos Superiores responsáveis pela Revelação Espírita são muitíssimo mais elevados que seus pretensos reformuladores e o que ensinaram é eterno e universal, como as próprias leis naturais.
    Portanto, fica patente o despropósito da superação e da necessidade de revisão da obra de Kardec.
    Aos que argumentam que a Codificação Espírita é do século passado, lembramos de que Jesus é do milênio passado...
    Muita Paz Gilberto Adamatti

lunes, 12 de septiembre de 2011

Jaguaretama é o nome do município onde nasceu Adolfo. Foi fundada, segundo informação do livro “Bezerra de Menezes - Fatos e Documentos”, de Luciano Klein, no dia 6 de abril de 1784, com a denominação de Riacho do Sangue. Como município foi criado no dia 29 de agosto, em 1865, com sede no núcleo de Riacho do Sangue, reerguido em vila com o nome de Riachuelo. Detalhe: 29 de agosto é a data de nascimento de Bezerra de Menezes... O nome anterior, Riacho do Sangue, é oriundo do rio ou riacho que tem essa denominação e se chamava riacho das pedras. Conta a lenda que o rio passou a ser conhecido como riacho do Sangue por causa de carnificinas ali ocorridas, entre índios que serviam a duas famílias que, durante anos, se hostilizaram e digladiaram pelo interior da província, disputando terras.

O local exato onde Bezerra nasceu era motivo de controvérsia entre os espíritas. Todos sabiam que era em Riacho do Sangue, mas a localidade havia sido dividida em dois municípios, Solonópole e Jaguaretama.

Algumas pessoas foram de fundamental importância para a descoberta, em 1973. Uma dessas pessoas foi o Coronel Edynardo Weyne, que publicou artigo sobre o assunto no periódico espírita “Manhã de Sol”, em 1978. A busca passou por um pedido ao então prefeito de Solonópole, Rabelo Machado, para verificar nos arquivos da prefeitura, cartório, coletoria e paróquia se existia algum documento que levasse ao local onde nascera o médico dos pobres.

Nem mesmo os descendentes dele sabiam onde localizar a casa. Mas tudo mudou com o jornalista Helder Cordeiro, da Tribuna do Ceará, que acabara de chegar da fazenda de Juarez Olympio de Queiroz, em Jaguaretama, onde supostamente Bezerra de Menezes teria nascido.

De pronto Weyne entrou em contato com o general Sylvio Walter Xavier, vice-presidente da Capemi, que veio do Rio de Janeiro a Fortaleza com o intuito de fazer uma expedição para descobrir as ruínas da casa onde Bezerra de Menezes havia nascido.

Foi uma viagem longa, mas depois de caminhos turtuosos e poeirentos, a bordo de um trator cedido pelo dono da fazenda, descobriram! No momento, com muita emoção, Weyne foi as lágrimas. O general Xavier fez, então, uma oração. Quando ele terminou, Weyne disse: “Voltaremos a este chão sagrado, para inaugurarmos um monumento àquele que é nosso benfeitor espiritual”.

Quatro anos depois, em 1977, acontecia a inauguração do monumento e de uma escola. Em seguida, um Hospital seria inaugurado na cidade, em homenagem a Bezerra.

Da primeira comitiva oficial constavam general Sílvio Xavier (RJ), Juarez Queiroz (Jaguaretama), coronel médico Manuel Suliano (Fortaleza), o gerente da Capemi, major Rubens (RJ), o jornalista Hélder Cordeiro, Edynardo Weyne e Fernando Melo.

Esses predestinados descortinaram um local em que hoje funciona o Pólo Bezerra de Menezes, com intensas atividades de educação e inclusão social.
Em março de 1997, foi construído o Museu sobre os alicerces da casa onde ele nasceu. Metade da área de 20 mil metros quadrados do Pólo foi doado pelo dono da fazenda, Juarez Queiroz, ao Lar Fabiano de Cristo, em 1976. A outra metade também foi doada por ele à Federação Espírita do Ceará, em 1997. De lá para cá, muitos foram beneficiados, não só em Jaguaretama, mas nos municípios da região.