lunes, 12 de septiembre de 2011

Jaguaretama é o nome do município onde nasceu Adolfo. Foi fundada, segundo informação do livro “Bezerra de Menezes - Fatos e Documentos”, de Luciano Klein, no dia 6 de abril de 1784, com a denominação de Riacho do Sangue. Como município foi criado no dia 29 de agosto, em 1865, com sede no núcleo de Riacho do Sangue, reerguido em vila com o nome de Riachuelo. Detalhe: 29 de agosto é a data de nascimento de Bezerra de Menezes... O nome anterior, Riacho do Sangue, é oriundo do rio ou riacho que tem essa denominação e se chamava riacho das pedras. Conta a lenda que o rio passou a ser conhecido como riacho do Sangue por causa de carnificinas ali ocorridas, entre índios que serviam a duas famílias que, durante anos, se hostilizaram e digladiaram pelo interior da província, disputando terras.

O local exato onde Bezerra nasceu era motivo de controvérsia entre os espíritas. Todos sabiam que era em Riacho do Sangue, mas a localidade havia sido dividida em dois municípios, Solonópole e Jaguaretama.

Algumas pessoas foram de fundamental importância para a descoberta, em 1973. Uma dessas pessoas foi o Coronel Edynardo Weyne, que publicou artigo sobre o assunto no periódico espírita “Manhã de Sol”, em 1978. A busca passou por um pedido ao então prefeito de Solonópole, Rabelo Machado, para verificar nos arquivos da prefeitura, cartório, coletoria e paróquia se existia algum documento que levasse ao local onde nascera o médico dos pobres.

Nem mesmo os descendentes dele sabiam onde localizar a casa. Mas tudo mudou com o jornalista Helder Cordeiro, da Tribuna do Ceará, que acabara de chegar da fazenda de Juarez Olympio de Queiroz, em Jaguaretama, onde supostamente Bezerra de Menezes teria nascido.

De pronto Weyne entrou em contato com o general Sylvio Walter Xavier, vice-presidente da Capemi, que veio do Rio de Janeiro a Fortaleza com o intuito de fazer uma expedição para descobrir as ruínas da casa onde Bezerra de Menezes havia nascido.

Foi uma viagem longa, mas depois de caminhos turtuosos e poeirentos, a bordo de um trator cedido pelo dono da fazenda, descobriram! No momento, com muita emoção, Weyne foi as lágrimas. O general Xavier fez, então, uma oração. Quando ele terminou, Weyne disse: “Voltaremos a este chão sagrado, para inaugurarmos um monumento àquele que é nosso benfeitor espiritual”.

Quatro anos depois, em 1977, acontecia a inauguração do monumento e de uma escola. Em seguida, um Hospital seria inaugurado na cidade, em homenagem a Bezerra.

Da primeira comitiva oficial constavam general Sílvio Xavier (RJ), Juarez Queiroz (Jaguaretama), coronel médico Manuel Suliano (Fortaleza), o gerente da Capemi, major Rubens (RJ), o jornalista Hélder Cordeiro, Edynardo Weyne e Fernando Melo.

Esses predestinados descortinaram um local em que hoje funciona o Pólo Bezerra de Menezes, com intensas atividades de educação e inclusão social.
Em março de 1997, foi construído o Museu sobre os alicerces da casa onde ele nasceu. Metade da área de 20 mil metros quadrados do Pólo foi doado pelo dono da fazenda, Juarez Queiroz, ao Lar Fabiano de Cristo, em 1976. A outra metade também foi doada por ele à Federação Espírita do Ceará, em 1997. De lá para cá, muitos foram beneficiados, não só em Jaguaretama, mas nos municípios da região.

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